Fonte: Gazeta do Oeste
Servidores da Saúde que atuam nas Equipes de Saúde da Família (ESF) se reuniram ontem novamente em frente à Prefeitura Municipal de Mossoró. Uma assembleia para deliberar sobre a possibilidade de uma greve estava marcada para acontecer, porém, devido à chuva, a assembleia ficou para outro dia, de acordo com Rosália Fernandes, diretora estadual do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (SINDSAÚDE) e diretora da Central Sindical (CONLUTAS).
O Agente Comunitário de Saúde (ACS), José Francisco, fala que a categoria não cobra mais somente o pagamento do Prêmio Municipal de Acesso e Qualidade na Atenção Básica à Saúde (Prêmio PMAQ), mas também protesta contra o atraso de salário, já anunciado pela Prefeitura que será realizado até o próximo dia 10. “Era de costume receber no dia 30. A categoria não está aceitando este atraso de salário e está se mobilizando porque isso vai se tornar uma bola de neve”, fala.
Francisco fala que, por enquanto, estão sendo realizados atos públicos e que está convocando a categoria para se mobilizar e deliberar os próximos passos. “Não está descartada a possibilidade de haver ou não uma greve”, avisa.
Rosália Fernandes ressalta que os serviços públicos estão sendo afetados não só a nível municipal, mas também a nível estadual e federal. “Hospitais estão sucateados. “O Tarcísio Maia sem tomógrafo, sem aparelho de ultrassom, ortopedista, pediatra. No Walfredo Gurgel contamos 90 pacientes cirúrgicos nos corredores. Percebe-se que não há investimento e o aumento das doenças”, explica.
Além do atraso no pagamento dos funcionários da saúde no âmbito municipal, Rosália também destaca que o Governo do Estado também não anunciou calendário de pagamento do funcionalismo público. “Extraoficialmente a gente sabe que o governo irá pagar no dia 5. Hoje (ontem) uma parte da direção irá até da Secretaria de Planejamento do Estado para ter a confirmação. Isso aumenta ainda mais a revolta dos servidores”, destaca.
Sobre o pagamento do PMAQ e o atraso em Mossoró, ela ressalta que “a categoria tem que se mobilizar, com luta”, afirma.
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