Fonte; De FATO
A Prefeitura de Mossoró vai atrasar os salários de dezembro. Pagará, provavelmente, no dia 10 de janeiro. Na justificativa, a crise na economia nacional, que tem impedido de a União fazer as transferências aos Estados e Municípios em valores favoráveis.
Não convence. A crise em Mossoró é maior do que as consequências do quadro nacional, porque trata-se de crise de gestão.
A Prefeitura foi levada para o buraco pela incapacidade administrativa do prefeito Silveira Júnior (PSD). Ele, desde que assumiu o Município, há dois anos, só fez coisas erradas, comprovando que não tinha – e, de fato, não tem – capacidade de gerenciar uma Prefeitura do porte de Mossoró.
Silveira não teve responsabilidade de adotar medidas corretas no momento em que a crise econômica estava evidenciada.
Preferiu ser perdulário.
Ele criou despesas quando era preciso economizar, como o (mau) exemplo da implantação da Secretaria de Segurança Pública, que varre milhões de reais do cofre, sem oferecer uma resposta positiva.
O Município não suportaria uma pasta tão pesada, além do que, não tinha a obrigação constitucional de gerenciar o sistema de segurança, função que compete ao Estado.
O prefeito municipalizou o estádio Leonardo Nogueira (Nogueirão), sem um projeto para transformar esse equipamento de esporte autossustentável, acumulando mais uma despesa, alta, para o Município.
A abertura da UPA do Belo Horizonte, que era uma necessidade naquela área, precisava ter sido respaldada pelo Ministério da Saúde, uma vez que a pasta da Saúde não suportaria mais uma conta mensal em torno de R$ 1 milhão.
Somam-se, aí, despesas absurdas com aluguel de veículos, de imóveis, mão de obra terceirizada, pagamento de supersalários, horas extras irregulares (servidores da Segurança chegaram a fechar mês com mais de R$ 12 mil), entre tantas outras.
A conta não tinha como bater. Se há queda de receita e aumento de despesa, a matemática simples ensina que a falência torna-se inevitável.
Foi exatamente isso que aconteceu em Mossoró.
Silveira quebrou a Prefeitura.
Por consequência, o caos.
A saúde não funciona, a educação é um desastre, as ruas estão sem iluminação pública e esburacadas, o lixo está acumulado
. As dívidas aumentam, com um rombo que se aproxima dos R$ 100 milhões (só com a Previ Mossoró, superou a casa dos R$ 40 milhões), a Prefeitura deve aos fornecedores, prestadores de serviços e agora aos servidores públicos, efetivos, comissionados e terceirizados.
Para completar o desmantelo, a gestão vive profunda crise ética e moral.
Essa é a pior.
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