O jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial nesta sexta-feira, 23, com críticas ao Senado, por aprovar Cristiano Zanin, advogado de Lula, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
“A Casa legislativa conseguiu a proeza de realizar uma sabatina absolutamente inútil”, constata o jornal. “As oito horas que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado dedicou a inquirir o indicado do presidente não lançaram nenhuma luz sobre o que de fato pensa Cristiano Zanin.”
Adiante, o Estadão observa que a chancela dos parlamentares a Zanin no STF pôs na Corte “uma total incógnita”. “Os senadores tiveram amplo espaço para formular perguntas ao indicado do Palácio do Planalto ao Supremo”, disse o jornal. “No entanto, as falas, para dizer o mínimo, foram constrangedoras — também daqueles que se apresentam como oposição ao governo.”
Segundo o jornal, os senadores, sobretudo da oposição, deveriam ter sido mais incisivos nas interpelações a Zanin, mas optaram por afagar o advogado. O Estadão sugere ainda que esses congressistas são covardes.
“O mais estranho é que a responsabilidade do Senado no processo de escolha dos ministros do Supremo foi um tema amplamente alardeado na campanha eleitoral de 2022”, lembra o Estadão. “Muitos dos atuais senadores elegeram-se justamente com a promessa de firme atuação em defesa dos requisitos constitucionais para compor o STF.”
Por fim, o jornal afirma que o Brasil está ressentido, e Zanin no STF não ajuda a proteger a Corte como se deve.
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