(Foto: Korean Central News Agency (KCNA)/Captura de tela)
O escritório havia sido estabelecido em 2018 como parte do projeto para diminuir as tensões na região. A Coreia do Norte, então, justificou a demolição como uma retaliação contra desertores que ela acusava de conduzirem, a partir da Coreia do Sul, uma campanha de distribuição de panfletos de propaganda contra Pyongyang.
Koo Byoungsam, porta-voz do Ministério da Unificação de Seul, responsável pelas relações com a Coreia do Norte, classificou a explosão do prédio pelo Norte como um ato ilegal e violento, violando acordos prévios entre os países e “comprometendo fundamentalmente a base do respeito e confiança mútuos”.
superar o prazo de prescrição e preservar o direito legal da Coreia do Sul à compensação.
De acordo com estimativas da Coreia do Sul, o custo total da destruição do escritório de ligação e do prédio de 15 andares gravemente danificado nas proximidades, usado para acomodar autoridades sul-coreanas, foi de 44,7 bilhões de won (R$ 170 milhões).
Ato de raiva
Em junho de 2020, a Coreia do Norte detonou explosivos para destruir o escritório de ligação construído pela Coreia do Sul em Kaesong. No mesmo mês, passou a encarar seu vizinho do sul como “inimigo” e cortou comunicações com Seul.
A destruição do prédio foi vista como um ato calculado de raiva e representou um grande obstáculo aos esforços de paz do então presidente sul-coreano Moon Jae-in, um liberal que chegou a visitar Pyongyang, onde participou de um evento oficial.
De lá para cá, as coisas só pioraram, especialmente nos últimos meses. Aproveitando as distrações geradas pela guerra na Ucrânia, Kim Jong-un intensificou os testes de armas, incluindo o lançamento de aproximadamente cem mísseis desde o início de 2022. Além disso, anunciou uma nova doutrina nuclear que autoriza ataques preventivos contra rivais em diversos cenários nos quais o Norte perceba uma ameaça à sua liderança.
Do outro lado, o atual presidente sul-coreano conservador, Yoon Suk Yeol, adotou uma postura mais rígida em relação à Coreia do Norte, afastando-se das políticas conciliatórias de Moon. Yoon fortaleceu o treinamento militar em parceria com Washington e buscou garantias mais robustas do governo Biden de que os EUA agiriam prontamente e de forma decisiva, utilizando suas armas nucleares, para proteger a Coreia do Sul em caso de um ataque do Norte.
A REFERÊNCIA
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