Data de divulgação
13.mar.2013
13.mar.2013
fonte:noticias.uol.
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que é pastor evangélico, paga com dinheiro da Câmara dos deputados 5 pastores de sua própria igreja, chamada "Catedral do Avivamento", sem que eles cumpram expediente em seu gabinete em Brasília nem em seu escritório político em Orlândia, cidade natal do deputado, no interior de São Paulo. A notícia foi dada pela "Folha de S.Paulo" em 13.mar.2013.
"Há dois anos, a cúpula da Catedral do Avivamento, igreja fundada pelo deputado, ocupa cargos de assessoria parlamentar no gabinete de Feliciano, com salários que chegam a R$ 7.000", afirmou a "Folha".
Quando o caso foi revelado pela "Folha", Feliciano tinha acabado de ser eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara sob uma série de acusações, como as de ser racista e homofóbico. Sua eleição para o comando da comissão ocorreu em 7.mar.2013, segundo registrado pelo portal "G1".
Os funcionários empregados por Feliciano e que não dão expediente são, segundo a "Folha", os pastores Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e Wellington de Oliveira. "Eles dirigem a igreja nas cidades de Franca, Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra e Orlândia, todas no interior paulista", afirmou o jornal.
De acordo com a reportagem, o regimento da Câmara dos Deputados estabelece que assessores de confiança devem cumprir uma jornada de 40 horas semanais. O texto disse que os pastores têm a missão de comandar cada templo da igreja do deputado.
"Os pastores funcionários da Câmara celebram os cultos e cuidam da administração financeira das unidades. Não há trabalho legislativo por parte deles. O escritório político de Feliciano fica em Orlândia, num imóvel anexo à igreja -onde a reportagem esteve por duas vezes em horário de expediente, mas só encontrou portas trancadas", relatou a "Folha".
Outro lado
Em 15.mar.2013, a "Folha" publicou declarações do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) sobre seus funcionários. "Agora que as acusações de racista e homofóbico não vingaram, eles estão inventando que meus assessores não trabalham só porque são pastores", escreveu o político no Twitter.
Também pelo Twitter, Feliciano disse: "Pastor não é profissão, mas sim vocação [...]. Tenho cinco secretários parlamentares que têm a vocação pastoral. Isso não os impede de cumprir tarefas parlamentares durante o dia".
"Só estou mais uma vez mostrando ao Brasil a perseguição religiosa que estamos enfrentando", declarou o deputado.
O que aconteceu?
Nada. Em entrevista ao programa "Poder e Política", Feliciano defendeu a nomeação dos 5 pastores. Ele afirmou que seus assessores, durante o dia, trabalham para auxiliá-lo no seu mandato e, à noite, nas igrejas.
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