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A taxa de desemprego no Brasil ficou em 4,9% em setembro e foi a menor para o mês desde 2002, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou a coletar os dados pela metodologia atual.
O dado foi divulgado nesta quinta-feira (23) pelo IBGE. Segundo reportagem da Folha, o governo segura divulgação de dados que podem afetar campanha de Dilma Rousseff à reeleição.
Em agosto, a taxa de desemprego tinha subido para 5%, mas também tinha sido a menor para o mês desde 2002. A variação entre os dois meses não é considerada estatisticamente relevante pelo IBGE.
Em relação a setembro do ano passado, o desemprego caiu 0,5 ponto percentual: de 5,4% para os atuais 4,9%.
O resultado foi melhor do que o esperado por economistas consultados pela agência de notícias Reuters.
"A redução da taxa está associada à queda na procura (por emprego), ou seja, a taxa cai porque há menos pressão sobre o mercado de trabalho", disse a técnica do IBGE Adriana Berengui.
"A taxa (de desemprego) é uma informação positiva, mas é preciso olhar de maneira mais ampla. Há setores importantes demitindo, como indústria e construção, e há notícias mais negativas sobre serviços, que é o que mais emprega", afirmou o economista da Tendências Rafael Bacciotti.
Pesquisa será substituída pela Pnad contínua, que é trimestral
Essas informações são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (23). Elas se referem às regiões metropolitanas de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS).
A PME deve continuar até o fim deste ano e, depois, deixará de ser feita.
Ela será substituída por outra pesquisa do IBGE, lançada em janeiro de 2014: a Pnad contínua, que é divulgada a cada três meses.
Já houve três divulgações da Pnad contínua: a primeira com dados do 1° trimestre 2012 ao 2° trimestre 2013; a segunda relativa ao 3º e 4º trimestre de 2013; e aterceira referente ao 1º trimestre de 2014.
A próxima, com os dados do 2º trimestre deste ano, deve ser divulgada em 6 de novembro; a data foi adiada devido à greve de funcionários do IBGE.
Renda média sobe pelo segundo mês seguido
O rendimento médio real da população subiu 0,1% no mês passado em relação a agosto, segunda alta seguida, chegando a R$ 2.067,10. Em relação a setembro de 2013, o rendimento avançou 1,5%.
Em agosto, o rendimento havia mostrado alta mensal de 1,7%.
População ocupada fica estável
A população desocupada (1,2 milhão de pessoas) ficou estável em relação a agosto e caiu 10,9% em relação a setembro de 2013.
O número de pessoas ocupadas (23,1 milhões de pessoas) permaneceu estável em ambas as comparações.
Em setembro, foram registradas 11,7 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado, o que também representa estabilidade na comparação com agosto de 2014 e com setembro do ano passado.
Taxa sobe no Rio e cai em SP
Na comparação por regiões, a taxa de desemprego subiu 0,4 ponto percentual no Rio de Janeiro, indo de 3% em agosto para 3,4% em setembro.
Em São Paulo, o índice caiu de 5,1% em agosto para 4,5% em setembro.
Nas demais regiões, não houve variação.
(Com Reuters)
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