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Vergonhosa. Foi assim que a advogada Gisela Novaes do Canto, de 44 anos, reagiu ao saber da reeleição de Dilma Rousseff(PT) enquanto acompanhava a apuração das urnas no diretório estadual do PSDB em Indianopolis, bairro da zona sul da capital paulista, neste domingo (26).
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Gisela não descarta ter havido fraude na eleição. Para a advogada, o Norte e o Nordeste do Brasil optaram pela permanência de Dilma no poder por causa de programas sociais como o Bolsa Família.
"É uma vergonha. Eles [PT] tomaram conta do Brasil porque ajudam as pessoas que não querem trabalhar com uma mesada. Enquanto os nordestinos ficam deitados em uma rede esperando o Bolsa Família, o Sul trabalha para sustentar o País. É um absurdo", afirmou.
Enquanto falava com o iG, um amigo de Gisela a puxou pela mão pedindo para que ela se acalmasse e tomasse cuidado com as palavras. Mesmo assim, visivelmente irritada, a advogada disparou contra o Norte. Para ela, a região optou pela decisão mais cômoda para o Brasil.
"Ela [Dilma] fez parte do primeiro partido comunista do País. Dilma , para mim, nunca foi uma revolucionária. Ela era terrorista", definiu Gisela.Alternância de poder
Menos irritada do que a advogada , mas com os olhos inchados e lacrimejando, a empresária Delviene Gurgel, de 44 anos, explicou que o ar cabisbaixo não era resquício apenas da derrota de Aécio Neves (PSDB) nas urnas: era resultado de uma caminhada de vários meses com o objetivo de ver "alternância de poder no País".
"Deixei minha família, meus filhos de lado para ir às ruas. Vesti a camisa do partido e hoje estou derrotada", avaliou.
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Baiana de Salvador, a nordestina explica que lamenta a decisão de seus conterrâneos que, segundo ela, se deixaram convencer por programas sociais em vez de analisar o futuro do Brasil.
Não tenho vergonha da minha terra. Mas lamento por eles [nordestinos]", disse. "Por dinheiro de pinga o Collor [Fernando Collor de Melo] sofreu impeachment", sugeriu.
Militante do PSDB pela primeira vez, a produtora de eventos Fernanda de Castro, de 35 anos, definiu as eleições como uma onda de extremos.
"Fui ao céu quando o Aecio foi para o segundo turno e agora estou em cacos. Tenho um filho para sustentar e não sei o que será do futuro dele com essa visão do povo brasileiro", disse ela.
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