fonte: o globo
RIO — A presidente Dilma Rousseff dedicou boa parte de sua última propaganda no horário eleitoral na TV para criticar a revista ‘Veja’ pela reportagem em que afirma que o doleiro Alberto Youssef, em delação premiada à Justiça, teria dito que ela e o ex-presidente Lula sabiam dos desvios de dinheiro na Petrobras. Dilma afirmou que a revista “e seus cúmplices” terão de responder na Justiça pelo texto, por não apresentar qualquer prova, visando apenas impactar no resultado das eleições.
— É um ato de terrorismo eleitoral, a revista agride a ética ao não apresentar provas, se baseando em declarações de pessoas do submundo do crime tentando atingir a mim e a Lula. Há uma campanha sistemática da revista Veja há anos contra mim e Lula, mas agora, a revista excedeu todos os limites. Maledicências da Veja já eram um absurdo, mas hoje, a revista excedeu todos os limites da decência e da falta de ética, cometendo infâmia. Isso é crime —declara.
O programa petista dedidou mais da metade do tempo da propaganda para responder à revista: “Todas as eleições, quando candidatos do PT aparecem à frente das pesquisas, a revista tenta desesperadamente infuenciar no resultado” diz o apresentor.
O tom das críticas na TV acompanhou manchete da página oficial da candidatura de Dilma Rousseff na internet, entitulado “Todo ano é a mesma coisa”, em que reúne copilado de capas da revista que, segundo o PT, tiveram o único intuito de provocar “terrorismo” no eleitorado contra o partido, Lula e Dilma, às vésperas das datas das votações em 2002, 2006 e 2010.
“Todo ano é a mesma coisa. A revista ‘Veja’ solta uma denúncia supostamente bombástica antes das eleições”, inicia o programa petista na TV, que afirma haver “falta de decência jornalística tem sido rotineira” no veículo.
Logo após as palavras de repúdio feitas pelo apresentador com a exibição de capas da revista em anos eleitorais, Dilma toma a palavra. “Ataques gratuitos e preconceituosos”, “tática do medo”, “terrorismo em uma atitude vergonhosa”, foram algumas das expressões usadas pela presidente que afirma que as insinuações de que ela é o ex-presidente compacturam com o esquema na Petrobras serem a luta “da mentira contra a verdade”. “A minha história é o testemunho”, diz ela, que afirma que o veículo apregoa “ódio ao PT e a tudo que é popular”.
— Veja fracassou no seu intento criminoso, mas desta vez, não vai ficar impune. O povo brasileiro tem maturidade suficiente para discernir entre a mentira e a verdade. Não compactuo e nunca compactuei com corrupção. Darei a minha resposta a eles na Justiça — reagiu Dilma.
Em seguida, o programa mostrou imagens dos últimos comícios da presidente pelo país, um clipe com famosos cantando um jingle e, ao fim, uma última declaração:
— Lutei contra a ditadura, venci a tortuira e o câncer. Meu vício na esperança me ajudou a enfrentar as dificuldades e o que me leva adiante é a paixão pelo povo brasileiro. Dou minha alma ao Brasil — finalizou Dilma.
LULA CRITICA REVISTA EM ATO DE CAMPANHA
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também criticou a "Veja" durante ato de campanha em São Paulo nesta sexta-feira.
- O problema da "Veja" é que só ela fala - afirmou Lula.
Questionado sobre o que achava da reportagem, respondeu:
- Não acho nada.
Lula não discursou durante uma caminhada no Centro de São Paulo porque a legislação eleitoral proíbe a realização de comícios desde quinta-feira. De acordo com a Polícia Militar, o ato reuniu entre 1,5 mil e 2 mil pessoas em seu início.
Outras lideranças petistas que participaram da caminhada também atacaram a revista. O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, candidato derrotado ao governo do estado, classificou a reportagem como "um absurdo":
- É a última tentativa de influir no resultado da eleição.
O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), coordenador da campanha de Dilma em São Paulo, desdenhou da publicação:
- Faz três anos que não leio a "Veja" e vou continuar não lendo.
Presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, criticou a publicação:
- Foi um gesto de desespero da "Veja".
No final do ato, Lula pediu aos militantes petistas que voltassem para casa e não aceitassem provocação. Na quinta-feira, petistas e tucanos entraram em confronto no Centro de São Paulo. Procurado, o presidente do PT, Rui Falcão, informou, por meio de sua assessoria, que não comenta as publicações da revista.
- O problema da "Veja" é que só ela fala - afirmou Lula.
Questionado sobre o que achava da reportagem, respondeu:
- Não acho nada.
Lula não discursou durante uma caminhada no Centro de São Paulo porque a legislação eleitoral proíbe a realização de comícios desde quinta-feira. De acordo com a Polícia Militar, o ato reuniu entre 1,5 mil e 2 mil pessoas em seu início.
Outras lideranças petistas que participaram da caminhada também atacaram a revista. O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, candidato derrotado ao governo do estado, classificou a reportagem como "um absurdo":
- É a última tentativa de influir no resultado da eleição.
O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), coordenador da campanha de Dilma em São Paulo, desdenhou da publicação:
- Faz três anos que não leio a "Veja" e vou continuar não lendo.
Presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, criticou a publicação:
- Foi um gesto de desespero da "Veja".
No final do ato, Lula pediu aos militantes petistas que voltassem para casa e não aceitassem provocação. Na quinta-feira, petistas e tucanos entraram em confronto no Centro de São Paulo. Procurado, o presidente do PT, Rui Falcão, informou, por meio de sua assessoria, que não comenta as publicações da revista.
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