Fonte: Tribuna do Norte
O Instituto do Cérebro (ICe) da Universidade Federal do Rio Grande (UFRN) completa quatro anos de criação neste mês de maio e ganhará seu prédio dentro do Campus Central. A instituição de ensino publicou no Diário Oficial da União (DOU), da última quarta-feira (20), o edital de licitação para construção da sede da unidade acadêmica, que ficará próxima ao Restaurante Universitário (RU).
O ICe ocupa hoje um imóvel fora do Campus Central da UFRN e, devido ao aumento no número de projetos de pesquisa e na quantidade de alunos e professores, outro espaço foi adaptado recentemente para abrigar novos laboratórios e outras dependências. Porém, segundo o diretor do ICe, Sidarta Ribeiro, a estrutura não é ideal, o que reforça a necessidade de um prédio no Campus. “O Instituto do Cérebro atua em parceria com diversas unidades da UFRN, como a Escola de Ciência e Tecnologia, o Centro de Ciências Biológicas e o Metrópole Digital. Por essa razão, é crucial que esteja localizado dentro do Campus Central da UFRN”, explica o neurocientista.Porém, mesmo com as dificuldades estruturais, para Sidarta Ribeiro, não faltam motivos para comemorar, pois a produção científica do ICe quase triplicou nesse período, as ações de extensão proporcionaram mais parcerias interinstitucionais e o número de matrícula nas disciplinas de graduação cresceu significativamente, evidenciando o interesse do aluno da UFRN pela pesquisa, independente da área a que esteja vinculado.
O ICe ocupa hoje um imóvel fora do Campus Central da UFRN e, devido ao aumento no número de projetos de pesquisa e na quantidade de alunos e professores, outro espaço foi adaptado recentemente para abrigar novos laboratórios e outras dependências. Porém, segundo o diretor do ICe, Sidarta Ribeiro, a estrutura não é ideal, o que reforça a necessidade de um prédio no Campus. “O Instituto do Cérebro atua em parceria com diversas unidades da UFRN, como a Escola de Ciência e Tecnologia, o Centro de Ciências Biológicas e o Metrópole Digital. Por essa razão, é crucial que esteja localizado dentro do Campus Central da UFRN”, explica o neurocientista.Porém, mesmo com as dificuldades estruturais, para Sidarta Ribeiro, não faltam motivos para comemorar, pois a produção científica do ICe quase triplicou nesse período, as ações de extensão proporcionaram mais parcerias interinstitucionais e o número de matrícula nas disciplinas de graduação cresceu significativamente, evidenciando o interesse do aluno da UFRN pela pesquisa, independente da área a que esteja vinculado.
Atualmente, o ICe oferece 35 disciplinas de graduação, em parceria com cinco cursos da UFRN. No entanto, a maioria dos componentes curriculares do Instituto pode ser cursado por alunos de qualquer graduação presencial, contribuindo com a criação de espaços diversificados de formação universitária. Para o coordenador de graduação do ICe, Claudio Queiroz, apesar de tradicionalmente associada à área de saúde, as disciplinas de neurociência tem atraído cada vez mais alunos de cursos de exatas, e em menor proporção, de humanas.
“Trazer para a mesma sala de aula alunos de diferentes cursos, com distintas formações, interessados em questões específicas de neurociência, ajuda a flexibilizar e diversificar o currículo dos cursos, além de promover um ensino multi e transdisciplinar em conformidade com o preconizado pelo Projeto Pedagógico Institucional. Além disso, as disciplinas possibilitam um contato mais próximo do aluno de graduação com os docentes do Instituto e suas linhas de pesquisa, favorecendo o estabelecimento de vínculos via Iniciação Científica e Tecnológica”, explica Claudio Queiroz.
Chamadas públicas
Segundo o coordenador da Pós Graduação em Neurociências (PGNeuro) da unidade acadêmica, Marcos Romualdo Costa, o corpo docente da PGNeuro tem sido contemplado em inúmeras chamadas públicas para o financiamento de projetos de pesquisa, tanto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), quanto da Capes, da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern) e até mesmo de agências estrangeiras. A verba garante o financiamento de bolsas de pós-graduação e pós-doutorado, assim como a compra de insumos para a realização de experimentos científicos de vanguarda”, reforça o docente.
O capital é aplicado em 40 projetos de pesquisa sobre diversas áreas, como visão, memória, sono, desenvolvimento do sistema nervoso, neuroendocrinologia, células tronco e reprogramação celular, bioinformática, depressão, epilepsia, psicose, redes neurais e neurociência computacional. Esses projetos são executados pelos pesquisadores do instituto e uma equipe formada por 26 alunos de graduação em iniciação científica, 70 alunos de pós-graduação, 15 pós-doutorandos, além de professores de outros centros e departamentos da UFRN e de outras universidades.
Sobre os projetos de extensão, são mais de dez atividades em execução, principalmente, nas áreas de educação e saúde, como o “Escolas Acadêmicas” e o Programa de Diagnóstico e Intervenção no Acidente Vascular Cerebral (PRODIAVC). O coordenador de Extensão do ICe, Antônio Pereira, considera as atividades importantes, pois é uma forma de a “instituição dar um retorno mais direto e abrangente para sociedade que financia seu trabalho”. Além do caráter internacional e nacional, o neurocientista diretor do ICe acredita que o Instituto vem contribuindo com a ciência local. “A presença de nosso grupo no Rio Grande do Norte aumentou substancialmente as oportunidades para formação neurocientífica de estudantes potiguares e nordestinos. Consideramos que o ICe cumpre plenamente os objetivos originais do projeto de atração de cérebros iniciado em meados dos anos 1990”, afirma Sidarta Ribeiro.
Memória
O ICe
Inaugurado em 13 de maio de 2011, com apoio do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o ICe começou a ser idealizado em 1995. A unidade acadêmica especializada sedia o Programa de Pós-Graduação em Neurociências (PGNeuro) da UFRN, em níveis de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
As pesquisas
O número de publicações é crescente, basta observar a produção anual. Em 2011, o Instituto registrou 15 artigos publicados. Em 2012, foram 29; em 2013 36; em 2014 42 e até abril de 2015 já foram produzidos 12 trabalhos, totalizando 134 pesquisas publicadas desde sua criação. Essa produção não é apenas abundante, mas também de alta qualidade, uma vez que mais de 60% dos trabalhos foram publicados em revistas Qualis “A” (nível mais elevado de conceituação da produção intelectual utilizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes).
O Conselho Internacional Científico
É presidido pelo cientista Torsten Wiesel, Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina (1981). Conta ainda com neurocientistas de renome internacional, como Yves Fregnac (França), Charles Gilbert (EUA), e o brasileiro radicado nos Estados Unidos, Cláudio Mello. Os pesquisadores estão entre os mais citados da UFRN, segundo a Webometrics Ranking of Universities, um sistema de classificação de universidades em todo o mundo.
A Licitação
Conforme a publicação do DOU, as empresas interessadas em participar da licitação devem entregar as propostas, no site: www.comprasnet.gov.br. A sessão pública de abertura das propostas ocorre no dia 15 de junho, às 10h, no mesmo endereço eletrônico. O edital, de número RDC005, pode ser obtido junto à Comissão Permanente de Licitações (CPL) da UFRN e também está disponível no site do ICe: http://www.neuro.ufrn.br/noticias/109.
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