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sábado, 5 de setembro de 2015

Farmácia de manipulação do Hospital da Solidariedade enfrenta dificuldades


Procedimento de manipulação é o mesmo das demais farmácias do gênero – Foto Ednilto Neves

Fonte: Gazeta do oeste 

A farmácia de manipulação do Hospital da Solidariedade, que manipula medicamentos que são doados para os pacientes oncológicos de Mossoró e região está enfrentando dificuldades. A farmácia não recebe doações próprias. Os recursos são provenientes, exclusivamente, de doações feitas à Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC).
Uma das farmacêuticas do local, Kamala Fernandes, lembra que a farmácia foi montada há três anos, com recursos do Ministério do Trabalho, mas que para a manutenção não existe um recurso fixo.
“Produzimos medicamentos para o tratamento suporte da quimioterapia. A maioria dos medicamentos que os pacientes usam é produzida aqui, como analgésicos, antieméticos e gel para as lesões, por exemplo. Os medicamentos são manipulados e doados de acordo com a prescrição médica”, explica.
Ela destaca ainda que se trata de uma farmácia de manipulação como todas as outras, a diferença é que os medicamentos não são vendidos e sim doados para os pacientes da oncologia.
“Infelizmente passamos meses com falta de medicamentos, devido às baixas doações à Liga. Não temos ajuda de nenhuma das prefeituras”, diz, lembrando que o hospital atende a pacientes de Mossoró e interior do Rio Grande do Norte, além de alguns municípios do Ceará.
A farmacêutica destaca ainda que não há um número preciso de pacientes que recebem os medicamentos, pois todos os dias chegam novos pacientes, outros recebem alta médica.
“Há alguns meses nós fizemos um levantamento e foram pouco mais de 800, mas hoje o número deve estar bem maior. Seja de qual for o município que ele venha, sendo paciente oncológico, ele recebe o medicamento”, continua Kamala Fernandes.
Além dos custos com matéria-prima, a farmacêutica explica que há gastos com controle de qualidade, taxas de anuidade ao Conselho de Farmácia, taxas de controle da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), higienização, desinfetização a cada três meses, limpeza da caixa d’água a cada seis meses, fora os custos com manutenção.
“São custos fixos. Nós tínhamos uma lista de cerca de 50 itens que já enxugamos e foi restrito aos mais necessários”, acrescenta.
Quando falta medicamento, geralmente diminui também o movimento de pacientes que procura a farmácia. “As doações são feitas para a Liga e repassada para os setores, como a farmácia. Por isso, as doações são importantes, para manter serviços que são voltados para a própria população”, conclui Kamala Fernandes.

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