Fonte: DW
Depois de uma noite inteira de reunião entre os integrantes da Cruz Vermelha da Coreia do Norte e da Coreia do Sul, ambos os países concordaram, nesta terça-feira (08/09), em promover o reencontro de famílias separadas durante a Guerra da Coreia (1950-1953), que dividiu a península há mais de 60 anos.
Aproximadamente 100 famílias dos dois países terão permissão para participar do evento, que será realizado de 20 a 26 de outubro no resort Diamond Montain, na Coreia do Norte.
A maioria dos participantes terá no mínimo 70 anos de idade. Muitos não veem seus familiares desde o armistício geral acordado em 1953.
Conforme o ministro sul-coreano da Unificação, este acordo é resultado de longas negociações entre dirigentes da Cruz Vermelha de ambos os lados na cidade fronteiriça de Panmunjom, na Coreia do Norte.
Oportunidade única
Para muitos participantes esta deve ser a última oportunidade de abraçar seus familiares. Cerca de 66 mil sul-coreanos constam de uma lista de espera para o reencontro de famílias. E a maioria deles já tem mais de 80 anos de idade.
O último encontro do tipo aconteceu em fevereiro de 2014. As reuniões são resultado da cúpula das coreias, realizada em 2000, e se esperava que acontecessem anualmente, mas o evento de outubro será apenas o segundo em cinco anos. A Coreia do Norte tem frequentemente cancelado os eventos na última hora.
Relações instáveis
Em agosto, os dois países concordaram em acabar com o impasse militar que ameaçava romper o armistício que pôs fim à guerra. No entanto, as relações vêm oscilando nos últimos dias.
Pyongyang acusa Seul de complicar o entendimento e ameaçou cancelar o encontro das famílias se Seul continuasse fazendo "observações delirantes". Do outro lado, Seul teme que as celebrações do 70º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores na Coreia do Norte com um desfile militar possa gerar uma nova escalada das tensões entre os dois países.
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