Fonte: R7
Em meio a uma das maiores crises migratórias desde o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Comissão Europeia está formulando uma proposta a ser apresentada na próxima quarta-feira (9) que prevê a redistribuição de 120 mil refugiados que desembarcaram na Itália, Grécia e Hungria, países considerados portas de entrada à UE.
Segundo antecipações de jornais internacionais, a proposta prevê que 60% dos 120 mil imigrantes que estão aguardando um parecer da UE sejam enviados para Alemanha, França e Espanha.
Com isto, cada país receberia 31,4 mil estrangeiros; 24 mil e 14 mil, respectivamente.
Berlim e Paris já disseram que estão disponíveis para hospedar os refugiados. A Alemanha informou que destinará seis bilhões de euros para gerenciar a crise imigratória.
A chanceler Angela Merkel também fez hoje (7) um discurso para agradecer os cidadãos do país que têm se mobilizado para ajudar os refugiados. Merkel conversou ainda com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que desde o ano passado pede que a UE adote uma política de "responsabilidade compartilhada" na crise migratória.
Em um discurso nesta segunda-feira à Câmara dos Comuns, o premiê britânico, David Cameron, anunciou que o país está disposto a colher 20 mil imigrantes sírios até 2020. Entre junho de 2014 a junho de 2015, mais de 25 mil pessoas apresentaram pedidos de asilo a Londres, sendo que 2,2 mil delas eram sírias.
A população britânica, porém, está dividida em relação ao tema. Um abaixo-assinado que exige que o governo acolha mais imigrantes já possui 420 mil firmas, enquanto um outro, que pede para o Reino Unido fechar suas fronteiras, foi assinado por 71 mil pessoas. De acordo com fontes europeias, deve ocorrer na semana que vem uma cúpula extraordinária para analisar a crise.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, aumentou o tom e disse que a Europa deveria "fechar suas fronteiras para impedir a chegada de milhões de imigrantes".
Nas últimas duas semanas, o país recebeu entre dois mil e cinco mil estrangeiros por dia, os quais tentavam embarcar em trens para a Alemanha e Áustria, ou cruzarem as fronteiras. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também fez uma série de ligações telefônicas aos líderes europeus para pedir o fim de políticas e medidas xenofóbicas.
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