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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Sensação térmica sobe dois graus


Aparelho que mede a sensação de calor leva em consideração vento, solo e prédios da cidade

Fonte: Tribuna do Norte 

A sensação de aumento do calor não é uma percepção pessoal dos natalenses. As medições feitas pelo Centro Regional do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CRN/INPE) mostram que 2015 pode estar mais quente. Embora não seja uma média do ano ou da estação, a sensação térmica do dia 1º de dezembro em 2015 foi a maior dos últimos três anos, chegando a 36º. A temperatura mínima, fator importante para o conforto térmico, também cresceu. O que os meteorologistas chamam de “temperatura externa” é o calor que está presente no ar sem uma série de componentes que são muito sensíveis ao corpo humano. “A sensação térmica leva em consideração o calor retido no solo, o vento, os edifícios, pavimentação. Tudo isso forma ilhas de calor”, explicou Francisco Raimundo da Silva, doutor em Ciências Climáticas do INPE. 

Em 1º de janeiro de 2014, a sensação térmica medida por volta das 11h (meio-dia solar na capital potiguar) foi de 34 graus célsius. Um ano depois, na última terça-feira, foram registrados 36 graus de sensação térmica. Esses valores não dizem respeito a uma média da cidade, uma vez que o único equipamento consultado pelo INPE fica no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. “No centro da cidade, com prédios e gases dos carros, essa sensação deve ser muito maior”, disse.  

O adensamento da cidade influencia no fenômeno que tem sido cada vez mais raro: chuva na madrugada ou início do dia. Essa chuva era recorrente, em função da diferença da temperatura de duas massas de ar, a que estava na cidade, mais fria, e a que vem do oceano, mais quente. 

Entretanto, durante a noite a cidade não tem resfriado suficientemente para causar a instabilidade entre essas duas massas gerando a chuva. Isso quer dizer que o concreto, asfalto e outros materiais têm retido o calor por mais tempo na cidade. O que já era quente fica ainda mais, uma vez que não tem chuva nenhuma de madrugada para resfriar o ambiente. Por sua vez, esse fenômeno influencia nas temperaturas mínimas e a sensação térmica causticante. 

Radiação 
É comum ouvir dizer que o momento crítico de exposição ao sol é entre às 10h e 16h. Mas cada região do mundo tem sua especificidade. Em Natal, a radiação ultravioleta atinge a classificação alta às 9h20 da manhã e se encerra por volta das 14h. É nesse momento do dia que   os raios ultravioleta ficam acima de 5 pontos. Ao meio-dia solar da  capital, às 11h20, os ultravioletas têm oscilado nos últimos anos entre 10 e 12 pontos, nos últimos três anos. 

Na pesquisa de mestrado do servidor do INPE, Francisco Raimundo verificou que entre os anos de 2001 e 2008, os raios em questão só superaram 10 pontos uma única vez. “Eles atacam o DNA, provocam o fotoenvelhecimento da pele, problemas na córnea”, acrescentou o pesquisador. Para se defender, é preciso utilizar protetores solares com filtros com, pelo menos, 20 de fator de proteção solar. O uso de roupas com tecido com protetor solar também é recomendado. 

Evolução do calor Medições feitas no dia 1º de dezembro
Temperatura
2015     30.5º C
2014     30.8º C
2013     30.8º C

Sensação térmica
2015     36º C
2014     34º C
2013     35º C

Temperaturas mínimas em Natal
2015:     26.6º C
2014:     23.8º C 
2013:     25.8º C
2012:     24º C 

Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Especiais/Centro Regional do Nordeste (Inpe/CRN).

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