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quinta-feira, 17 de março de 2016

Partidos indicam nomes para a Comissão Especial do impeachment


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Fonte: IstoÉ

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu nesta quinta-feira, 17, a sessão do plenário para a eleição dos parlamentares que vão compor a comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A primeira polêmica veio com um atraso do Partido Progressista, que entregou a lista com suas cinco indicações após o prazo final de meio-dia. Cunha chegou a propor uma eleição suplementar, além da ordinária, por conta do atraso. Um acordo entre os líderes de partidos definiu em seguida que o PP será incluído na chapa, possibilitando uma votação única.
Durante a sessão, o deputado José Priante (PMDB-PA) pediu para deixar a vaga de titular pelo PMDB, solicitando que o posto seja substituído. Cunha também cogitou que a troca fosse submetida a eleição suplementar, mas todos os líderes concordaram que não era o caso. O líder Leonardo Picciani (RJ) indicou Altineu Cortes (RJ) para a vaga.
O presidente da Câmara lembrou que se a chapa única não for eleita, outro grupo precisará ser elencado e posteriormente eleito em plenário. Neste momento, há 390 deputados na sessão, número suficiente para já abrir a votação.
Líderes partidários na Câmara já indicaram os nomes dos deputados que formarão a Comissão Especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. O prazo para escolha dos nomes se encerrou às 13h desta quinta-feira, 17 e a previsão é que a comissão seja instalada nesta tarde. PT e PMDB são os partidos com maior número de vagas no colegiado.
Entre os indicados pelo PMDB, deputados da ala governista são maioria. Após acordo fechado nesta quinta-feira, a bancada decidiu que o grupo pró-impeachment terá apenas três das oito vagas titulares que o partido terá direito a indicar para o colegiado.Da ala pró-impeachment, serão indicados os deputados Lúcio Vieira Lima (BA), Mauro Mariani (SC) e Osmar Terra (RS). Já as cinco vagas do grupo governista do PMDB serão ocupadas pelos deputados Leonardo Picciani (RJ), líder do partido na Casa, Washington Reis (RJ), José Priante (PA), João Marcelo (MA) e Valtenir Pereira (MT).
Apesar de ter minoria nas vagas titulares, no acordo fechado nesta quinta-feira ficou estabelecido que as alas pró-impeachment e governista do PMDB terão igual número de vagas de suplentes. Ou seja, cada grupo terá direito a indicar quatro suplentes. Os noems da ala governista serão: Elcione Barbalho (PA); Alberto Filho (MA); Hildo Rocha (MA); e Marx Beltrão (AL). Já a ala pró-impeachment terá como suplentes: Vitor Valim (CE); Manoel Junior (PB); Lelo Coimbra (ES); e Carlos Marun (MS).
O PT divulgou no início da tarde a lista de seus oito membros titulares da comissão. Os titulares da sigla serão: Zé Geraldo (PA), Pepe Vargas (RS), Arlindo Chinaglia (SP), Henrique Fontana (RS), José Mentor (SP), Paulo Teixeira (SP), Wadih Damous (RJ) e Vicente Cândido (SP). Os parlamentares integram a "tropa de choque" petista. Os suplentes serão: Padre João (MG), Benedita da Silva (RJ), Carlos Zarattini (SP), Luiz Sérgio (RJ), Bohn Gass (RS), Paulo Pimenta (RS), Assis Carvalho (PI) e Valmir Assunção (BA).
Outro partido governista a apresentar a lista de representantes de manhã foi o PSD. Com quatro vagas, os titulares da bancada serão o líder Rogério Rosso (DF), Júlio César (PI), Paulo Magalhães (BA) e Marcos Montes (MG). Rosso é apontado como possível presidente da comissão.
Os suplentes do PSD serão os deputados Irajá Abreu (TO) - filho da ministra da Agricultura Kátia Abreu -, Goulart (SP), Evandro Roman (PR) e Fernando Torres (BA).
Os titulares indicados pelo PR serão o líder da bancada Maurício Quintella Lessa (AL), Aelton Freitas (MG), o ex-peemedebista e recém incorporado ao partido Édio Lopes (RR) e Zenaide Maia (RN). Os nomes escolhidos são considerados contrários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. O PR, no entanto, é um dos partidos aliados que tradicionalmente não vota totalmente fechado com o governo no plenário.
Na suplência, foram indicados Gorete Pereira (CE), José Rocha (BA), João Carlos Bacelar (BA) e Wellington Roberto (PB). Bacelar e Wellington são próximos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Sem acordo em relação aos nomes, o Partido Progressista (PP) não indicou nenhum dos cinco membros titulares a que terá direito na comissão até as 13 horas. Sem a indicação da sigla, os deputados farão a escolha dos outros 60 membros do colegiado nesta tarde em plenário e, posteriormente, terão de fazer uma eleição suplementar para escolher os membros do PP.
Oposição. Entre os partidos oposicionistas, o PSDB indicará os deputados Bruno Araújo (PE); Nilson Leitão (MT); Jutahy Junior (BA); Shéridan (RR); Paulo Abi-Ackel (MG) e Carlos Sampaio (SP), coordenador jurídico do partido, para as seis vagas titulares que terá direito na comissão.
O DEM, por sua vez, indicará os deputados Mendonça Filho (PE), líder da oposição no Congresso; Rodrigo Maia (RJ); e Elmar Nascimento (BA) para as três vagas titulares que possui. O partido só tinha duas vagas, mas ganhou mais uma ontem, após PTC e PMN perderem representação na Casa.
Também da oposição, o PPS já tinha anunciado ontem que indicará o deputado Alex Manente (SP) para a única vaga titular que terá direito na comissão do impeachment. O parlamentar é pré-candidato a prefeito de São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
O PSB indicará os deputados Bebeto (BA), Danilo Forte (CE), Tadeu Alencar (PE) e Fernando Coelho (PE), líder do partido na Câmara, para as quatro vagas titulares que terá direito nacomissão do impeachment na Casa. Segundo o líder da legenda, os quatro votarão "fechados" a favor do impedimento da presidente. Até mesmo Bebeto, que é próximo ao PT da Bahia e ao chefe de gabinete da presidência da República, Jaques Wagner. Para as quatro vagas de suplente, o partido indicará os deputados João Fernando Coutinho (PE), JHC (AL), Paulo Foletto (ES) e Jose Stédile (RS).
Outro partido que integra o bloco de oposição, o Solidariedade indicou nesta manhã os deputados Paulinho da Força (SP), presidente da legenda, e o ex-secretário de Segurança do Paraná, Fernando Franscichini (PR), como membros titulares da comissão do impeachment. Na bancada, os parlamentares são considerados os mais ferrenhos defensores do afastamento da presidente Dilma Rousseff e são aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Na suplência foram indicados o líder da bancada, Genecias Noronha (CE), e o ex-peemedebista Laudívio Carvalho (MG) .
Das 65 vagas da comissão, o partido teve direito, pela regra de proporcionalidade das bancadas, a dois assentos.
Insatisfeito com indicações, deputado deixa PSD
o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) anunciou sua desfiliação do partido nesta quinta-feira, 17. Cavalcante, que já estava de partida para o PSDB, disse que o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), escolheu apenas um deputado contrário ao governo para a vaga de suplente. O PSD tem quatro vagas.

Sóstenes criticou tanto Rosso quanto o ministro Gilberto Kassab (Cidades), presidente do partido. "Rogério Rosso e Gilberto Kassab estão de cócoras para este desgoverno do PT. A composição dos membros do PSD no impeachment só indicou da chapa avulsa Evandro Roman como suplente. Não respeitou a chapa avulsa como fez, por exemplo, PMDB, PP e outros partidos da base", afirmou Sóstenes Cavalcante. Rosso indicou Júlio Cesar (PI), Marcos Montes (MG), Paulo Magalhães (BA) e a si mesmo como titular. Os suplentes são Evandro Roman (PR), Fernando Torres (BA), Goulart (SP) e Irajá Abreu (TO).
Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo" apurou, líderes da oposição e aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniram-se na noite de ontem para fazer a contagem de seus votos, e acertaram de eleger o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), para presidente da comissão e Jovair Arantes (GO), líder do PTB, para relator. Esses dois postos são escolhidos por votação entre os membros do colegiado. Da base aliada, mas próximos a Cunha, os nomes foram escolhidos por não serem radicais e por terem trânsito dos dois lados. Inicialmente, eles não queriam ocupar os postos, mas foram convencidos após insistência.
No entanto, nem todos concordam com os nomes. A oposição reuniu-se pela manhã e deve reunir-se novamente nesta tarde. Um líder oposicionista disse ao jornal que novos nomes deverão surgir.

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