Fonte: dw
A expectativa de vida no mundo aumentou cerca de cinco anos entre 2000 e 2015, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quinta-feira (19/05).
A agência da ONU afirmou que, em termos globais, a expectativa de vida de um bebê nascido em 2015 é, em media, de 71,4 anos – 73,8 anos para o sexo feminino, e 69,1 anos para o masculino. No entanto, a expectativa depende de onde a criança nascer. Em 29 países, recém-nascidos têm uma expectativa de vida média de 80 anos ou mais, enquanto em 22 outros países – todos na África subsaariana – a expectativa é de menos de 60 anos.
As mulheres no Japão (86,8 anos) e os homens na Suíça (81,3 anos) são os que tipicamente vivem mais, apontou a OMS. Serra Leoa, por sua vez, tem a pior expectativa de vida para ambos os sexos – 50,8 anos para as mulheres, e 49,3 anos para os homens.
O relatório ressalvou que há lacunas nos dados disponíveis sobre alguns países e que cerca da metade de todas as mortes no mundo não são registradas.
Progresso no Brasil e na África
O documento destaca o Brasil como um dos países em que houve progresso nos últimos anos em termos de registros de mortes, ao lado de China, Irã, África do Sul e Turquia. A expectativa de vida para os brasileiros é, em média, de 75 anos – 78,7 anos para as mulheres e 71,4 anos para os homens.
O maior salto foi registrado na África, devido a melhorias nos serviços de saúde para crianças e à maior disponibilidade de medicamentos.
A diretora-geral da OMS, Margareth Chan, destacou os avanços em relação a "doenças evitáveis e tratáveis", especialmente por meio do maior acesso ao tratamento antirretroviral contra o HIV.
Os últimos 15 anos teriam ajudado a reverter retrocessos registrados nos anos 1990, quando a expectativa de vida caiu na África, devido à epidemia de aids, e no Leste Europeu, após o colapso da União Soviética.
O aumento da expectativa de vida nos últimos 15 anos é o maior registrado desde os anos 1960, quando o mundo – especialmente a Europa e o Japão – passou por amplas melhorias socioeconômicas, relacionadas à recuperação do pós-guerra, disse a OMS.
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