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quarta-feira, 12 de março de 2014

'Blocão' derrota governo e vai acompanhar investigação da Petrobras

Teminal Transpetro da Petrobras, em Barueri

Com o apoio de parte da base governista, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira a criação de uma comissão para acompanhar de perto as investigações sobre recebimento de propina pela Petrobras. Ao longo de todo o dia, o governo articulou para evitar a aprovação da proposta, mas, graças ao apoio de parte do chamado “blocão”, formado por deputados aliados ao governo insatisfeitos com a presidente Dilma Rousseff, a proposta feita inicialmente pela oposição foi aprovada por 267 votos favoráveis (dez a mais que o mínimo), 28 contrários e 15 abstenções.
Um grupo de congressistas vai à Holanda apurar a denúncia de que, conforme revelou reportagem de VEJA, funcionários e intermediários da Petrobras teriam recebido pelo menos 30 milhões de dólares, entre 2007 e 2011, para favorecer contratos com a empresa holandesa SBM Offshore - a maior fabricante de plataformas marítimas de exploração de petróleo do mundo. O esquema, relatado por um ex-funcionário do escritório da SBM em Mônaco, movimentou mais de 250 milhões de dólares e envolveu outros países, como Itália, Malásia e Iraque. Os documentos sobre o caso foram enviados ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e ao Ministério Público da Holanda.
A aprovação da comissão externa para o caso Petrobras foi o primeiro resultado prático do “blocão” – movimento de deputados para pressionar o Planalto articulado pelo PMDB. O grupo defende ainda para esta semana a convocação do ministro da Saúde, Arthur Chioro, para prestar depoimento sobre irregularidades na pasta.
“Havia um ambiente favorável para o requerimento. A presidente tem de ter humildade para reconhecer que fracassou [na articulação] e corrigir os problemas”, disse o líder do PSDB na Câmara e autor da proposta, deputado Antônio Imbassahy (BA). Para o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), a comissão externa servirá para “buscar uma resposta sobre a Petrobras”.
Apesar da vitória na votação, o “blocão” já dá sinais de arrefecimento: representantes do Pros e PDT, dois partidos integrantes do movimento, orientaram seus líderes a votar contra a matéria. Nesta terça, representantes do partido reuniram-se com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que tenta uma aproximação com os aliados do governo para enfraquecer o “blocão” e isolar o líder do PMDB, Eduardo Cunha. Os vice-líderes dos dois partidos, porém, participaram da reunião do grupo nesta tarde, quando foi feito um ato em desagravo a Cunha. 

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