Fonte: Reuters
O Ministério Público Federal do Paraná anunciou nesta segunda-feira que apresentou denúncia no âmbito da operação Lava Jato contra o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e outras dez pessoas por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção e gestão fraudulenta.
Entre os demais denunciados estão os ex-diretores da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e Jorge Zelada, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Bumlai obteve um empréstimo com o banco Schahin e parte dessa quantia teria sido destinada ao PT.
"José Carlos Bumlai não era mais que uma pessoa que atuou como operador de um partido político, operador do Partido dos Trabalhadores", disse o procurador em entrevista coletiva.
"O valor da corrupção pode ser expresso como 18 milhões de reais nominais, ou 49,6 milhões de reais reais (corrigidos pela inflação), (e) mais 1 milhão de dólares", acrescentou.
De acordo com Dallagnol, o pagamento do empréstimo que Bumlai teria pego para favorecer o PT foi feito por meio da concessão para o grupo Schahin de um contrato da Petrobras.
"A assinatura do contrato era um ato de ofício da Petrobras que estava sendo vendido em troca da quitação daquele empréstimo", disse Dallagnol.
"Ou seja, o Partido dos Trabalhadores e o Bumlai tinham uma dívida com a Schahin e o pagamento dessa dívida se daria mediante a concessão de um ato de ofício da Petrobras que favoreceria o Grupo Schahin, feito de modo altamente irregular", acrescentou.
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