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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Poupança ou Tesouro Direto: qual a melhor opção para a reserva de emergência?

 Pote de moedas


Fonte: CNN 

O Tesouro Selic, a opção mais conservadora dos títulos públicos, sempre foi a alternativa imediata à poupança para os investimentos de curto prazo. Ele costumava representar uma maneira de ter praticamente a mesma facilidade e a mesma segurança, mas com um rendimento um pouco maior. 

Essa resposta pronta, entretanto, vem mudando conforma a taxa Selic despenca. A Selic é a taxa básica de juros do país e referência para a remuneração tanto desse título público quanto da poupança. Há um ano ela era de 6,5% ao ano, e, hoje, já foi dilacerada a 2,25%

O resultado é que, para aplicações a serem resgatadas em menos de um ano, a remuneração da poupança – mesmo que pífia – já está maior do que a do Tesouro Selic. Com a possibilidade não afastadas de que os juros básicos ainda voltem a cair neste ano, essa vantagem pode crescer mais.

Pelas regras atuais, a poupança rende 70% da Selic – o equivalente, agora, a 1,58% em um ano. Já o Tesouro Selic remunera 100% dela, ou os 2,25% inteiros, mas sujeito a desconto de imposto de renda (IR) sobre o rendimento. O IR é progressivo – quanto maior o prazo do investimento, menor o imposto –, e é por isso que optar pelo título nos prazos menores de um ano sai especialmente menos vantajoso (veja a tabela completa de IR ao fim).

Além disso, os títulos públicos ainda pagam uma taxa de custódia de 0,25% anual para a B3. A cobrança é feita sobre o valor total investido e, até bem pouco tempo, seu peso não fazia tanta diferença. Mas, conforme os juros foram se espremendo, a taxa da B3 foi pegando uma parte cada vez maior do rendimento, e é por isso que os ganhos do Tesouro Selic foram caindo para mais perto dos da poupança. A poupança é livre de taxas e de impostos.

“No momento, para o curto prazo, a poupança é muito boa opção”, defende o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Agostinho Celso Pascalicchio. “Ela tem uma grande simplicidade operacional e a diferença nos rendimentos [em comparação ao Tesouro Selic] é muito pequena.”

Cálculos feitos por Pascalicchio a pedido do CNN Brasil Business mostram que, para um prazo de 6 meses, a poupança remunera 0,78%, contra 0,74% do Tesouro Selic já descontados IR e taxas. Para depósitos parados para mais de 2 anos, porém, o Tesouro ainda sai com alguma vantagem.

“Para quem tem pouco dinheiro são diferenças extremamente pequenas”, acrescenta o planejador financeiro José Raymundo de Faria Júnior, certificado pelo Planejar. “A pessoa não vai mudar de um para o outro, abrir conta em outro lugar. Para R$ 100 mil são cerca de R$ 50 a mais no ano; para R$ 10 mil é uma diferença de R$ 5.”

Ideais para reserva de emergência

Tanto a poupança quanto o Tesouro Selic são as principais opções de aplicação para a reserva de emergência, quer dizer, a parte do dinheiro que precisa estar sempre à mão para imprevistos ou para uso mais frequente. 

Fundos DI, que também acompanham de perto a evolução da Selic, e CDBs com liquidez diária são outros concorrentes. Para valerem a pena, entretanto, é importante que o fundo DI tenha taxa de administração baixa (menor do que 0,25% ao ano) e que o CDB remunere, pelo menos, 100% do CDI.

O CDI é uma taxa de juros do sistema bancário que anda colada à Selic. Isso significa que um CDB com 100% do CDI dá praticamente os mesmos retornos que o Tesouro Selic, sujeito aos mesmos descontos de IR - mas livre da taxa de custódia à B3.

Para investimentos de prazos superiores a dois anos, ainda dentro da renda fixa, a recomendação dos especialistas é procurar títulos com prazos mais longos, incluindo as alternativas do próprio Tesouro Direto e outras como CDBs, LCAs e LCIs. Quanto maior o prazo, maiores tendem a ser os juros oferecidos


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