Os instrumentos infravermelhos do observatório destacam características não vistas com tanto detalhe desde que a sonda Voyager 2 passou pelo planeta em 1989. Isso inclui os anéis e faixas de poeira que circundam o gigante de gelo.
Os cientistas também estão intrigados com as diferentes estruturas de nuvens, que devem dizer-lhes algo novo sobre o funcionamento da atmosfera de Netuno.
Além do próprio planeta, estão sete das 14 luas do gigante, sendo a mais significativa Tritão, que parece uma estrela nas imagens do Webb.
Isso ocorre porque Netuno é escurecido na visão do telescópio pela absorção de metano em comprimentos de onda infravermelhos. Tritão, por outro lado, reflete uma média de 70% da luz solar que atinge sua superfície gelada. É muito brilhante.
O professor Leigh Fletcher, da Universidade de Leicester (Reino Unido), está no Europlanet Science Congress em Granada (Espanha), onde todos estão "tentando interpretar isso em nossos telefones, mas é incrível ver esses anéis, e estamos acessando comprimentos de onda que ninguém tem visto antes".
"É ótimo ver como todos estão animados!", ele disse à BBC News.
"Os comprimentos de onda mais longos são novos e podem nos dar uma janela para os padrões de circulação profunda, com uma banda equatorial brilhante que se parece um pouco com as bandas brilhantes de Júpiter e Saturno."
"As poderosas tempestades de Netuno estão tão ativas como sempre, e toda a família de Netuno está representada aqui, com aquelas luas anelares e Tritão."
Netuno é o planeta mais distante no nosso Sistema Solar, além de Urano e Saturno.
Ele circunda o Sol a uma distância de aproximadamente 4,5 bilhões de km e leva 164,8 anos para completar uma volta.
Como os outros gigantes externos do Sistema Solar, sua atmosfera contém muito hidrogênio e hélio. Mas há uma presença muito forte de gelos, de água, amônia e metano.
O diâmetro de Netuno é próximo de 50 mil km, ou quase quatro vezes o da Terra.
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