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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Há 63 anos, Aluízio Alves assumia o Governo do Rio Grande do Norte


| Foto: Arquivo/Tribuna do Norte

Aluízio Alves foi uma das maiores lideranças políticas do RN | Foto: Arquivo/Tribuna do Norte

Nesta quarta-feira (31), completa-se 63 anos do dia em que Aluízio Alves tomou posse como governador do Rio Grande do Norte. O político chegou ao posto de chefe do poder executivo estadual ao vencer as eleições com 121.076 votos para o mandato entre 1961 e 1966.

Dos feitos à frente do Estado, Aluízio foi o responsável por inaugurar a primeira etapa da linha de transmissão da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), trazendo energia elétrica para o Rio Grande do Norte.

O fato histórico ocorreu em 2 de abril de 1963, na cidade de Santa Cruz, e contou com a presença do então presidente da República, João Goulart.

Jornalista e advogado de profissão, Aluízio Alves se enveredou pela política e também teve cargos de deputado federal e ministro de Estado.

Ele morreu no dia 6 de maio de 2006, aos 84 anos, vítima de uma isquemia cerebral em Natal.

TRIBUNA DO NORTE



 

ALRN retoma trabalhos com leitura anual da mensagem da Governadora na próxima segunda-feira


 Foto: João Gilberto

O ano legislativo vai iniciar com atividades em Plenário dos deputados estaduais na próxima segunda-feira (05), assim como o Senado e a Câmara Federal. O legislativo do Rio Grande do Norte inicia o primeiro semestre de 2024 após o recesso parlamentar de final de ano. Com o fim da pausa regimental, o ano legislativo será aberto em sessão, às 9h com rito formal apresentado pelo presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira (PSDB), e leitura da mensagem anual da governadora Fátima Bezerra (PT).

“A nossa expectativa é que 2024 seja um ano legislativo com grande produtividade. Com alto índice de aprovação e votação de matérias de alta relevância para o desenvolvimento social e econômico do Rio Grande do Norte, assim como ocorreu no ano passado”, disse o presidente da Casa, Ezequiel Ferreira.

Os atos formais como a revista às tropas da Polícia Militar do RN e a foto oficial, tradicionais na abertura das atividades legislativas, estão confirmados. A primeira sessão ordinária está prevista para o dia seguinte, terça-feira (6).

Para o deputado Francisco do PT, que iniciará o ano como líder do Governo na Assembleia Legislativa, a expectativa para 2024 são as melhores possíveis. “Que esse ano possamos avançar em ações que colaborem para incrementar melhorias na infraestrutura viária, hídrica e também em áreas essenciais para a vida do nosso povo. Me refiro à avanços na saúde, educação, segurança e demais áreas”, disse ao demonstrar preocupação com a projeção de diminuição da arrecadação estadual por causa do ICMS “Temos que levar em conta que o Estado tem uma estimativa de deixar de arrecadar mais de R$ 700 milhões em ICMS e isso tem impacto na situação fiscal e financeira do RN”.

De acordo com o Regimento Interno da ALRN, o retorno dos trabalhos deve ocorrer no dia 2 de fevereiro ou no primeiro dia útil após essa data. Como esse ano o dia 2 cai na sexta-feira, a abertura do ano legislativo ficou para o dia 5.

A solenidade será transmitida ao vivo através da TV Assembleia (Canal aberto 10.3) e também pelas redes sociais do Poder Legislativo no @assembleiarn.

TRIBUNA DO NORTE 



Gasolina, diesel e gás de cozinha ficarão mais caros na quinta-feira 01/02


 Foto: Sérgio Lima/Poder360

Os preços da gasolina, do óleo diesel e do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), mais conhecido como gás de cozinha, ficarão mais caros a partir de quinta-feira (1º.fev.2024). O motivo é o aumento das alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrado pelos Estados.

Os reajustes foram aprovados em outubro pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). A maior alta será a do gás de cozinha, que terá o imposto elevado em R$ 0,16 por quilo. Por botijão, que tem 13 kg, o custo deve subir R$ 2,03, um aumento de 2%.

Eis o reajuste do ICMS por combustível:

• gasolina – imposto subirá de R$ 1,22 para R$ 1,37 por litro, um aumento de R$ 0,15;
• diesel – imposto aumentará de R$ 0,94 para R$ 1,06 por litro, um aumento de R$ 0,12;
• GLP – imposto sairá de R$ 1,25 para R$ 1,41 por quilo, um aumento de R$ 0,16 por quilo e de R$ 2,03 por botijão de 13 kg.

Considerando o atual preço médio da gasolina, que é de R$ 5,56 conforme a última pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o valor do litro passará para R$ 5,71 com o reajuste.

Já no caso do óleo diesel, que já teve uma alta no início de janeiro com a retomada da cobrança de impostos federais, o valor médio saltará dos atuais R$ 5,83 para R$ 5,95.

Esse é o 1º reajuste do ICMS dos combustíveis desde 2022, quando foi fixado um teto de 18% na cobrança do imposto a produtos essenciais.

Poder360



Fim do foro privilegiado é principal pleito da oposição a Rodrigo Pacheco


 Reprodução

Líderes do Senado se reuniram na manhã desta quarta-feira (31) com o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O propósito do encontro foi cobrar de Pacheco posição em defesa do Legislativo, após operações policiais contra parlamentares da oposição, nos últimos dias, que incluíram buscas em gabinetes nas dependências do Congresso.

O pedido por uma articulação conjunta com a Câmara para avançar com a votação do fim do foro privilegiado foi o principal encaminhamento. Um documento foi entregue para formalizar o pleito e Pacheco ficou de responder à liderança da oposição no Senado sobre a reivindicação.

Participaram do encontro: Rogerio Marinho (PL-RN), Carlos Portinho (PL-RJ), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Tereza Cristina (PP-MS), Marcio Bittar (União-AC), Mecias de Jesus (Rep-RR), Izalci Lucas (PSDB-DF), Hamilton Mourão (Rep-RS), Marcos do Val (Pode-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Após mais de uma hora de reunião, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), um dos alvos de operação da Polícia Federal nos últimos dias, se juntou ao encontro, cujo propósito é buscar uma “solução efetiva, firme”, disse Eduardo Girão, antes do encontro. Ramagem, no entanto, não participo da coletiva dada pelo grupo de Senadores após o encontro.

Os parlamentares querem articular agenda para o novo ano legislativo, que começa no dia 2, que incluirá mudanças no ordenamento jurídico para proteger o Legislativo.  A principal delas é o fim do foro privilegiado.

O fim do foro privilegiado está na Câmara. Por isso nós pedimos uma integração entre Câmara e Senado. O pedido que fizemos a Pacheco foi que ele se sentasse com o presidente da Câmara para tocar a agenda que nós apresentamos”, afirmou o líder da oposição Rogério Marinho (PL-RN).

O senador Eduardo Girao (Novo-CE) foi claro sobre o pleito da audiência: “Solicitamos o fim do foro privilegiado, uma blindagem, um guarda chuva sobre os poderosos no Brasil e hoje, com um poder que esmaga os demais, está sendo usado para monopolizar o poder de investigação e perseguir quem pensa diferente nesse país”.

Tramitam no Senado e na Câmara dos Deputados propostas que submeteriam à análise prévia das Mesas Diretoras das Casas Legislativas as ações policiais contra parlamentares federais, além de projetos que limitam o escopo de decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal (STF), criam mandatos para ministros etc.

Diário do Poder



Banco Central corta 0,5 ponto percentual da Selic, e taxa fica em 11,25% ao ano



Foto: CLÁUDIO MARQUES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (31), por unanimidade, reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, que agora é de 11,25% ao ano. É o quinto corte seguido, acompanhando a sequência de quedas iniciada em agosto de 2023, corresponde às expectativas do mercado financeiro. O novo patamar da Selic é o menor desde fevereiro de 2022.

Em dezembro, diretores do órgão já haviam projetado reduções da taxa para os encontros seguintes. “Os membros do comitê concordaram, unanimemente, com a expectativa de cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, diz a ata.

A avaliação considerou que a taxa Selic é o principal instrumento da política monetária para determinar a inflação na economia brasileira. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e desestimulam novas opções de investimento.

A inflação no Brasil encerrou 2023 em 4,62%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medidor oficial. O valor é 0,13 pontos percentuais abaixo do teto da meta, que foi de 4,75%. Com a manutenção da queda do índice, a expectativa é de que a Selic continue em baixa.

Diante da sequência de queda dos juros, o Comitê notou que houve “progresso desinflacionário relevante”, mas observa que ainda vê com cautela o processo de devolver a inflação para o centro da meta de 3,5%, estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). A ata destaca a necessidade de manter uma política monetária cautelosa.

“Ainda há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta, o que exige serenidade e moderação na condução da política monetária. […] Além disso, a incerteza, em particular no cenário internacional, que tem se mostrado volátil, prescreve cautela”, prevê o documento.

Histórico recente

De março de 2021 a agosto de 2022, o Banco Central elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de “aperto monetário” em resposta à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

R7






Prefeito Felipe Menezes convida toda a população para a leitura da mensagem anual 2024

 


Nesta sexta-feira (02), o prefeito Felipe Menezes participará da da sessão na Câmara Municipal de Lajes que marcará a abertura dos trabalhos de 2024.
Durante a ocasião, o mesmo fará a leitura da mensagem anual.
Sintam-se convidados para acompanhar tudo de forma presencial ou por meio da LIVE aqui no Instagram do Prefeito.

Fátima vai atrasar parcela do piso do magistério

 

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

O Governo do Rio Grande do Norte informou, em nota publicada nesta terça-feira (30), que vai atrasar uma parcela do piso do magistério do ano de 2022.

Segundo a Secretaria de Estado da Administração (Sead), o pagamento seria feito amanhã (31), mas devido “adequação do fluxo de caixa do Governo do RN para cumprir obrigações constitucionais e correntes”, o dinheiro irá para a conta no dia 10 de fevereiro.

Cerca de 37 mil servidores serão afetados com a mudança da data.

Veja a nota na íntegra:

NOTA

A Secretaria de Estado da Administração (Sead) informa que, face a necessidade de adequação do fluxo de caixa do Governo do RN para cumprir obrigações constitucionais e correntes, o pagamento da 11ª parcela do piso do magistério referente ao ano de 2022, que seria realizado amanhã (31), será creditado na conta dos 37 mil servidores atingidos no dia 10 de fevereiro.

Natal, 30 de Janeiro de 2024

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO – SEAD

Tribuna do Norte



O Brasil atingiu a segunda pior colocação da história no Índice de Percepção da Corrupção (IPC)


  Foto: Arquivo

ESTADÃO CONTEÚDO
Agência de Notícia

O Brasil atingiu a segunda pior colocação da história no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, reporte produzido desde 1995 pela Transparência Internacional. Na pesquisa divulgada na terça-feira, 30, o Brasil figura na 104ª posição entre as 180 nações avaliadas pela entidade. Quanto melhor a posição no ranking, menos corrupto é considerado o país. O Brasil pontuou 36 pontos em 2023, dois a menos que o ano anterior. O índice obtido é semelhante ao de países como Argélia, Sérvia e Ucrânia.


O relatório atribui para cada país uma pontuação que varia do 0, equivalente a “altamente corrupto”, ao 100, que representa o “muito íntegro”. A pior colocada no ranking de 2023 é a Somália, com 11 pontos; na outra ponta, a Dinamarca é a melhor colocada, com 90 pontos.


A Transparência Internacional elenca pontos positivos e negativos no combate à corrupção no Brasil em 2023. Como destaques negativos, a entidade elenca “o fortalecimento do chamado ‘Centrão’, através da adaptação e manutenção do esquema do orçamento secreto e loteamento de espaços de poder”. A insegurança jurídica, por meio de decisões controversas e monocráticas no Supremo Tribunal Federal (STF), também é criticada. Como exemplo, a Transparência Internacional cita a anulação do ministro Dias Toffoli dos acordos de leniência da Odebrecht.


Segundo a entidade, um dos principais avanços do último ano foi a aprovação da reforma tributária, sobre a qual incide “potencial de impacto estrutural anticorrupção”. A investigação corrente da Polícia Federal (PF) contra um suposto aparato paralelo na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), por sua vez, também representa uma avanço.

CAUTELA
Em nota à imprensa, a Controladoria-Geral da União (CGU), órgão cuja principal atribuição é o prevenção e o combate à corrupção no governo federal, diz que “trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas, contratações e outras ações do Estado”.


O relatório da Transparência Internacional, segundo a CGU, “reconhece importantes avanços no âmbito do controle social, da transparência e do acesso à informação”. A Controladoria, no entanto, ressalta que os resultados da pesquisa “devem ser vistos com cautela”. “A corrupção é um fenômeno complexo e nenhum indicador consegue medir todos os seus aspectos”, diz o órgão público.


O ranking da Transparência Internacional é elaborado por meio de um cruzamento de até 13 fontes de dados. As percepções levadas em consideração variam desde profissionais do mercado a especialistas em gestão pública.


Avaliações do Banco Mundial e do Fórum Econômico Mundial, por exemplo, fazem parte da base de dados levada em consideração. Quanto menor a nota, maior a percepção de corrupção no país. Quanto melhor é a pontuação obtida, a nação.

TRIBUNA DO NORTE



Setor produtivo diz que invasões são grave ameaça à propriedade privada


  Foto: Magnus Nascimento

Representantes do setor produtivo do Estado veem as recentes invasões registradas no Rio Grande do Norte como uma “grave ameaça à propriedade privada”. O alerta fez parte de notas publicadas ontem por entidades como a Federação das Indústrias do RN e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado. Na última segunda, o Sindicato da Construção Civil e o Sindicato das Empresas Imobiliárias já haviam expressado preocupação.

Duas propriedades privadas foram invadidas recentemente: um imóvel da Poti Incorporações, localizado em Petrópolis, onde era a antiga sede do Diário de Natal, e uma área do Distrito Irrigado do Baixo-Açu (Diba), em Assú. A empresa dona do terreno em Petrópolis acionou a Justiça, na última segunda, com pedido liminar para retomar o imóvel.


O terreno em Petrópolis foi tomado por integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas do Estado (MLB/RN), na madrugada de segunda-feira (29). Segundo o movimento, a ação é um protesto contra a demora do Governo do Estado em entregar as casas prometidas do programa Pró-Moradia, que, conforme acordo, deveriam ter sido construídas em 2021. Além disso, um grupo de pessoas que se identificam como integrantes dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), invadiu uma área que pertence ao projeto do Distrito Irrigado do Baixo-Açu (Diba), na região do Vale do Açu no último dia 12 de janeiro. O grupo invadiu um trecho onde funcionou a parte administrativa da empresa que construiu o projeto. A região fica próxima ao início do canal de irrigação, de onde é distribuída a água utilizada pelo Distrito.


O presidente da Federação das Indústrias do RN, Roberto Serquiz, considerou a invasão do imóvel em Petrópolis inaceitável e cobrou as autoridades para que não se crie uma “epidemia” de invasões pelo Estado. “Então, eu vejo que é uma coisa inaceitável, é uma grave ameaça ao direito de propriedade. Gera insegurança jurídica, traz reflexos econômicos e preocupa. Portanto, requer que as autoridades possam atuar de forma ágil, evitando que se torne uma prática corriqueira”. E complementou: “O direito à moradia é indiscutível. Agora, a forma de se chegar a esse direito, o acesso a ter a casa própria, não é invadindo a propriedade alheia”.


Já a Faern apontou que atos como o registrado no Diba, com a invasão de uma terra por pessoas que alegam ser do Movimento dos Sem Terra, enfraquece o Estado, pois estimula a insegurança jurídica. “A Federação da Agricultura está preocupada porque o Distrito Irrigado do Baixo-Açu é um local onde não cabe assentamento, lá é um condomínio onde existem vários investimentos e com esse fato, com essa invasão, está gerando uma insegurança jurídica muito grande”, assinalou.


Os produtores rurais exigiram a retirada imediata dos invasores. “Todos os irrigantes estão apreensivos e preocupados e a Federação de Agricultura espera que o Governo do Estado retire imediatamente esses invasores que estão lá, que entraram principalmente em áreas de reserva, para que a paz, a tranquilidade e o desenvolvimento continuem ocorrendo lá no Baixo-Açu. A Federação da Agricultura espera que o Estado tome providências e que esses criminosos que invadiram o Distrito do Baixo-Açu sejam retirados imediatamente”, encerrou


O presidente do Sindicato das Empresas Imobiliárias do RN (Secovi), Renato Gomes Netto, declarou na última segunda que vê as invasões com preocupação e diz que o ato é uma violação ao direito constitucional à propriedade privada. “Essa prática faz com que o setor imobiliário fique muito apreensivo porque quando se tem grupos ditos organizados, invadindo uma área privada, isso gera uma insegurança. Como eu vou ter a garantia que determinado imóvel meu também não vai ser invadido?”, diz.


Netto defende punição criminal para os responsáveis pelo movimento. “Isso é um crime, invadir, tomar, se apropriar do que é dos outros. Os cabeças do movimento têm que responder criminalmente por esse tipo de prática. É um absurdo. Uma notícia dessas faz com que as pessoas, que pensam em investir no mercado imobiliário, repensem seus investimentos”, pontua.


A preocupação é compartilhada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-RN). O presidente da entidade, Sérgio Azevedo, diz que o ato tem impacto negativo na segurança jurídica do Estado. “Tem um impacto nos riscos da propriedade privada, um impacto enorme no desenvolvimento urbano da cidade e mostra uma falha também muito grande do poder público na questão de prover habitação para a população.

Não estou querendo dizer que não há um problema social envolvido, não estou querendo ser insensível à causa, mas isso traz muito mais malefícios do que benefícios”, comenta.

Prefeitura ofereceu aluguel social para o MLB

Em entrevista à rádio Jovem Pan News, do Sistema Tribuna, a secretária Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), Shirley Cavalcanti, reforçou que a invasão ao terreno foi fruto do atraso do Governo para a construção das casas. Sem as residências, a Prefeitura chegou a propor a concessão de aluguel social aos membros do MLB antes da invasão, ainda no ano passado, mas a proposta foi recusada por lideranças do grupo.


De acordo com ela, foram oferecidos 30 benefícios de aluguel social de R$ 600. A proposta foi oficializada em audiência na Justiça Federal em maio do ano passado, com participação de representantes do Governo do Estado, mas foi negada pelos líderes do MLB. O movimento ficou de apresentar uma contraproposta, mas não houve nenhum retorno desde então. “Eu tenho certeza que aquelas pessoas que estão naquele galpão não escolhem estar ali. Elas estão ali porque não têm opção. Eu perguntei às pessoas. Então, a gente conseguiu uma solução para aquilo, para resolver a situação de quem estava realmente precisando ali dentro, que não têm para onde ir. E isso ser negado?”, questionou a secretária. De acordo com o MLB, a proposta foi recusada porque não beneficiava todas as famílias do movimento.


O Governo do Estado, por sua vez, justifica a demora na entrega das casas pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Conforme o Estado, houve atrasos nos repasses do programa Pró-Moradia, o que teria inviabilizado a construção das casas no Planalto. “O programa foi interrompido porque a gestão anterior do governo federal deixou de efetuar os repasses financeiros previstos, afetando diretamente o cumprimento dos prazos firmados com movimentos sociais como o MLB e Prefeitura de Natal”, diz nota do Governo.

Ação na justiça

A Poti Incorporações Imobiliárias LTDA, proprietária do imóvel ocupado pelo MLB, entrou na Justiça, na última segunda (29), pedindo a reintegração de posse do local, com pedido de liminar. O advogado da empresa, Lucas Duarte de Medeiros, confirmou a informação à TRIBUNA DO NORTE. Conforme reportagem publicada pela TRIBUNA DO NORTE, a Poti Incorporações repudiou o ato.


Por outro lado, de acordo com o presidente do Diba, Michel Cosme. O temor dos produtores é em relação aos prejuízos que podem afetar os produtores do Distrito. Cosme afirma que enviou um ofício ao Governo pedindo a retirada dos invasores, mas ainda não houve resposta, uma vez que as tratativas estão sendo conduzidas pela PGE. A TN tentou contato com o procurador designado para o assunto, Francisco Sales, mas não houve retorno.


De acordo com o gestor do Diba, a PM chegou a visitar a invasão, mas os militantes permanecem no local. Há preocupação quanto aos prejuízos que a invasão pode causar com um possível fechamento do canal que abastece o Distrito.

TRIBUNA DO NORTE



terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Taleban está sob suspeita após sumiço de US$ 1,2 milhão de avião russo que caiu


Modelo de aeronave Dassault Falcon (WikiCommons)

 O Taleban abriu uma investigação devido a alegações de que US$ 1,2 milhão foram levados de um jato particular russo que caiu no norte do Afeganistão na semana passada, segundo informações da revista Newsweek.

A aeronave, um jato Dassault Aviation Falcon 10, realizava um voo de ambulância fretado da Tailândia para Moscou, transportando uma paciente russa em estado grave e o marido dela, um empresário que arcou com os custos do voo. Seis pessoas estavam a bordo no total. 

Anna Evsyukova e o marido, Anatoly Evsyukov, morreram no acidente, conforme o avião seguia rumo à Rússia para a continuidade de um tratamento médico da mulher. Os sobreviventes chegaram a Moscou na última sexta-feira (26), em um voo proveniente de Dubai.

Os pilotos, Arkady Grachev e Dmitry Belyakov, citaram “problemas técnicos”, possivelmente relacionados ao combustível, como a causa do acidente.

Segundo eles, os sobreviventes passaram um dia e meio no frio, tendo que queimar os cadarços dos sapatos para se aquecerem. Resgatados mais tarde, teriam caminhado por cerca de cinco horas sob uma forte nevasca até um vilarejo próximo.

Após a queda, surgiram relatos na imprensa local de que o dinheiro teria sido levado, e o governador talibã na província de Badakhshan, Mohammad Ayub Khalid, ordenou uma investigação sobre o suposto roubo milionário.

Grachev, por sua vez, afirmou que não havia tamanha quantia em dinheiro na aeronave e que, na verdade, a tripulação deu uma pequena gratificação financeira aos afegãos como agradecimento pela ajuda após a queda. “Só havia dinheiro pessoal lá”, afirmou o piloto.

Os pedidos da embaixada russa em Cabul para acessar os destroços do avião foram rejeitados.

O acidente

Cerca de 25 minutos antes de desaparecer dos radares, o piloto alertou sobre a baixa quantidade de combustível e disse que faria uma tentativa de pouso no Tadjiquistão. Segundo a agência de notícias russa SHOT, citando uma fonte anônima, o piloto reportou a parada de um motor, seguido pelo segundo.

O avião, fabricado em 1978, não era um voo comercial regular ou uma aeronave fretada indiana, conforme informado pela autoridade de aviação civil da Índia.

Após a tomada do Taleban em 2021, as companhias aéreas internacionais evitam o Afeganistão. Aquelas que eventualmente cruzam o espaço aéreo afegão passam rapidamente pelo corredor de Wakhan, uma estreita faixa de terra entre o Tadjiquistão e o Paquistão, por apenas alguns minutos.

A REFERÊNCIA 




Casos de dengue aumentam 25% no RN


 Foto: Magnus Nascimento

Com 348 notificações, as suspeitas de dengue deram um salto de 25% no Rio Grande do Norte nas três primeiras semanas de janeiro, comparado ao mesmo período de 2023, que teve 278 registros. O número chama a atenção das secretarias de saúde, visto que o Ministério da Saúde já alertou em dezembro passado sobre o risco de uma epidemia de dengue neste ano em estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste do país. Por outro lado, os números da Chikungunya, também transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, caíram. Se nas três primeiras semanas de 2023 foram 116 notificações, agora há 43.


De acordo com a Coordenadora de vigilância em saúde da Secretaria de Saúde do Estado (Sesap/RN), Diana Rego, os números da dengue são preocupantes porque estão acima do esperado. “São mais de 20 municípios prioritários e a Sesap vem fazendo visitas técnicas, entendendo quais são as dificuldades que apresentam e quais as estratégias de combate podem que ser desenvolvidas ainda nesse período de janeiro e fevereiro”, declarou.


A região metropolitana, segue sendo a de maior incidência. Segundo ela, deve-se à proporcionalidade de habitantes e, mesmo em municípios menores, observa-se que os casos aumentam nas áreas de maior aglomeração. “Há regiões no interior que também são prioritárias e preocupantes, justamente pela forma de armazenamento da água, em especial na 3ª região de saúde, próxima ao município de João Câmara; e na 6ª região de saúde, mais próxima ao município de Pau dos Ferros”, conta a coordenadora.


Neste sentido, as pessoas precisam manter o hábito de limpeza para evitar a proliferação do mosquito, que também transmite outras doenças, como Zica, febre amarela e Chikunngunya, eliminando água parada, por exemplo, em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e tampas de garrafas.


“Em dezembro liberamos nota de alerta para os municípios, fizemos articulação estadual com secretarias parceiras e envolveu instituições de ensino superior para desenvolver ações, articulamos a rede da Sesap, atenção hospitalar, compra de insumos pensando na sobrecarga da rede”, relata Diana Rego.


O trabalho de orientação também passa pela importância de receber os agentes de endemias que realizam as visitas domiciliares em todo o estado. Em Natal, 350 mil residências são visitadas por 210 agentes distribuídos em todos os distritos sanitários, segundo o chefe da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) da capital, Jan Pierre Araújo. “Porém, essa visita do agente não é uma visita fim, ela é meio. O principal agente responsável pela manutenção de suas residências é o próprio morador”, afirma.


Na capital, foram notificados 160 casos de arboviroses, sendo 151 dengue, com 27 confirmados e 9 de chikungunya, com uma confirmação. “Essas 160 notificações correspondem a um aumento de 46% se comparado às três primeiras semanas de 2023. Então, segue uma tendência de alta. A gente acredita que venhamos a ter um processo epidêmico aqui no Nordeste, como está acontecendo no Sudeste”, destacou, Jan Pierre .


Nas situações mais críticas, os conhecidos “fumacês” são enviados para a área. “Quando a gente detecta um aglomerado de casos, a gente manda nossas equipes de fumacê. A gente já fez 13 raios, principalmente na Zona Norte e na Zona Oeste, desde a última semana de dezembro”, afirma.


São usados os fumacês portáteis, uma vez que os acoplados nos veículos são acionados quando for constatado epidemiologicamente a condição de epidemia. Os pneus expostos nas ruas e terrenos foram responsáveis por 60% dos focos do Aedes Aegypti na cidade.


“Ano passado a gente coletou mais de 180 mil pneus que são jogados em canteiros, desprezados por borracharias. Então a gente tem uma rota definida para fazer esse recolhimento diário junto à Urbana, Semsur e Secretaria de Saúde. Infelizmente é um depósito que ainda é muito predominante para proliferação de mosquitos”, conta Jan Pierre.

vacina
A importância de tomar os cuidados básicos para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegipt, transmissor das arboviroses, deve ocorrer mesmo quando a população começar a ser vacinada contra a dengue, visto que o inseto transmite as outras arbovisores, como Chikungunya e Zika.


No Rio Grande do Norte, 19 cidades deverão receber o imunizante para vacinar crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, compõem o público-alvo da imunização.


São os municípios de Apodi, Areia Branca, Augusto Severo, Baraúna, Caraúbas, Extremoz, Felipe Guerra, Governador Dix-Sept Rosado, Grossos, Janduís, Macaíba, Messias Targino, Mossoró, Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Serra do Mel, Tibau e Upanema.


A quantidade de doses da Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, ainda não foi divulgada pelo Ministério da Saúde, que considerou a alta transmissão registrada em 2023 e 2024 e predominância do sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2).


O esquema vacinal será composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

Números do RN

Números nas 3 primeiras semanas de cada ano

Dengue
2024: 348
2023: 278

Chikungunya
2024: 43
2023: 116

TRIBUNA DO NORTE 




MST invade área do Distrito Irrigado do Baixo-Açu


 Foto: Cedida

Um grupo de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu uma área que pertence ao projeto do Distrito Irrigado do Baixo-Açu (Diba), na região do Vale do Açu, no último dia 12. As informações são do presidente do Diba, Michel Cosme, que pediu ao Governo do Estado a retirada dos invasores do local. De acordo com ele, o grupo é pequeno – cerca de 22 pessoas – e reivindica a instalação de um programa de assentamento na região. O temor, de acordo com Michel Cosme, é em relação aos prejuízos que podem afetar os produtores do Distrito.


O Diba é uma área de produção por irrigação com 9 mil hectares de terra e estrutura consolidada para 6 mil hectares de perímetro irrigado, pertencente ao Governo do Estado. Segundo Michel Cosme, o grupo invadiu um trecho onde funcionou a parte administrativa da empresa que construiu o projeto. A região fica próxima ao início do canal de irrigação, de onde é distribuída a água utilizada pelo Distrito. O insumo é custeado pelos produtores. “Eles [os invasores] estão se aproveitando dessa água sem nenhuma contrapartida. Além disso, existe o risco de, a qualquer momento, fecharem o canal, o que pode afetar a produção de forma seríssima”, alerta o presidente do Diba.


Segundo o gestor, mais de mil hectares, localizados após o canal, podem sofrer os impactos com o risco de fechamento. “Se isso acontecer, estaremos falando de um prejuízo gigante, de R$ 50 milhões”, calcula Cosme. Ele afirma que as invasões na área são recorrentes e detalha que existe outro grupo instalado às margens da BR-118, em um trecho vizinho ao Diba, o que faz aumentar o receio de novas ocupações nas terras do projeto. Ele conta que são cerca de 80 pessoas em barracos na rodovia federal.


“Esses grupos querem ser assentados na região, então, esta é uma forma de pressionar por isso”, afirma. Preocupada, a administração do Diba comunicou a situação ao Governo do Estado, por meio de ofício enviado à Secretaria de Agricultura (Sape) e à Procuradoria Geral (PGE-RN), duas vezes, nos dias 15 e 25 de janeiro. “Pedimos à PGE e à Sape a retirada dessas pessoas para que elas aguardem o processo de assentamento das terras, mas ainda não tivemos retorno”, afirma Michel Cosme.


Conforme os dois ofícios encaminhados, uma invasão e um acampamento “do agrupamento denominado ‘Sem Terras’ foram registrados no antigo canteiro de obras da 2ª Etapa do distrito”. Na quinta-feira passada (25), um novo ofício destaca que “o referido agrupamento colou obstáculos físicos no acesso ao canteiro, impossibilitando o acesso à gerência do Diba”. Segundo o documento, houve a “implantação de barracos com o desmatamento ilegal em áreas do Distrito”.


O ofício descreve ainda que, “o crescente movimento irregular deste agrupamento tem causado insegurança jurídica e questionamentos por parte dos empreendedores, o que poderá inviabilizar a concretização da consolidação do pleno funcionamento do Distrito de Irrigação”. A reportagem procurou a Sape e a PGE para esclarecimentos. Guilherme Saldanha, titular da Secretaria, disse que as invasões na região ocorrem há pelo menos 10 anos. Para acabar com o problema, afirma, está sendo aberta uma seleção para agricultores familiares da região, os quais, uma vez habilitados, poderão atuar no Diba.


“Isso vai permitir que pequenos produtores da área se habilitem ao processo de seleção para trabalhar no Distrito. O processo deve ocorrer ainda neste primeiro semestre”, informou Saldanha. Sobre a saída dos integrantes da área invadida, segundo o secretário, o Governo do Estado precisa de um posicionamento da Justiça sobre o tema, mas não deu detalhes das tratativas que, de acordo com o gestor, estão a cargo da PGE.

Diagnóstico
À TRIBUNA DO NORTE, o procurador-geral do Estado, Francisco Sales Matos, que costuma analisar casos relacionados ao Diba, disse que ainda não recebeu oficialmente o pedido feito pelo Distrito. Ele explicou que é preciso um diagnóstico da situação para que providências sejam tomadas. “O ofício chegou nesta segunda-feira (29) aos comandos superiores da Sape e da PGE e ainda será distribuído, no nosso caso, pelo procurador-chefe [Antenor Roberto]. Se chegar a mim, vou solicitar à Secretaria e à Sedraf [pasta de Agricultura Familiar] para que eles verifiquem quem está lá e os notifique”, esclareceu.


“A partir daí, nós poderemos agir. Nossa ação pode ser acontecer de duas formas para restabelecer a posse: diretamente, com a retirada das instalações – derrubada de cercas e construções, se for o caso – conforme mecanismo existente no Código Civil; ou através da Justiça”, detalhou. “Mas antes disso, preciso de um diagnóstico para definir e situar juridicamente a questão”, pontua o procurador.


Como parte dos trâmites, o Diba registrou a ocorrência junto à Polícia Civil, por meio da delegacia virtual, no dia 25. “Em termos oficiais, a gente registra a ocorrência e recorre à Procuradoria, a qual, por sua vez, recorre à Justiça, que aciona a polícia”, explica Michel Cosme. A TN também fez contato com a assessoria do MST para comentar sobre a ocupação, mas não houve respostas até o fechamento desta edição.

TRIBUNA DO NORTE 



segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Toyota admite fraude em motores a diesel e suspende vendas de veículos; Hilux está entre os modelos afetados


 Toyota Hilux 2021 fabricado na Tailândia | Foto: Toyota / Divulgação

A Toyota Industries Corporation, um braço da fabricante japonesa de veículos, divulgou nesta segunda-feira (29) um comunicado em que confirma que fraudou testes de motores a diesel a fim de obter resultados melhores de potência e torque nas certificações.

Além da confissão, a empresa também anunciou que vai suspender a venda de vários modelos de veículos em todo o mundo. Da lista divulgada pela Toyota, a Hilux é a única oferecida no Brasil. Autoesporte procurou a empresa, que afirmou estar “averiguando se as unidades fabricadas/comercializadas em nossa região estao ou não envolvidas neste anúncio”.

A empresa também disse que a picape, que chega ao Brasil importada da Argentina, segue à venda normalmente enquanto as investigações são realizadas. Além da Hilux, a Toyota citou outros seis modelos de veículos e duas famílias de motores a diesel. São eles: Hiace, Granace, Land Cruiser Prado, Dyna/Dutro e Land Cruiser.

No comunicado, a Toyota afirma que “foi descoberto que, no decorrer dos testes, ajustes foram feitos no sistema de injeção de combustível para melhorar os resultados de potência e curva de torque” e deu três causas para que isso tivesse acontecido:

  • Falta de comunicação com a Toyota Motor Company: O desenvolvimento e os testes dos motores diesel foram conduzidos sem procedimentos básicos de comunicação e alinhamento da empresa;
  • Falta de conformidade (compliance institucional): Em todo o processo envolvendo as fraudes nos motores a diesel, a Toyota falhou em assegurar os valores de “compliance”: segurança, qualidade, quantidade e custo. A empresa também reconhece que falhou ao não detectar dados imprecisos.
  • Ineficiência em manter os processos necessários para o cumprimento de leis e regulamentos: Não havia um departamento dedicado à certificação para leis domésticas. Os processos de regulação estavam inclusos em regras internas. Sobretudo, não havia profissionais designados a conferir o desenvolvimento do ponto de vista de “compliance”. Também não houve fiscalização do cronograma dos departamentos de qualidade.

Já o Ministério da Indústria e dos Transportes do Japão anunciou que fará inspeções em toda a linha de motores da Toyota e tomará “medidas rigorosas” contra a empresa. Além dos automóveis, a Toyota também admitiu ter manipulado motores de empilhadeiras e outros equipamentos industriais.

Veja no quadro divulgado pela Toyota quais são os modelos, os locais de fabricação e os locais de destino dos carros que podem ser sido adulterados na certificação:

Todos os modelos, fábricas e países afetados por possível fraude

Com informações de Terra e Autoesporte