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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

RN teve falta de água em 19 cidades


 Foto: Arquivo TN

A falta de água em pleno verão tem sido alvo de reclamação de potiguares neste início de ano. Conforme ocorrências divulgadas pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), 19 municípios já tiveram episódios de parada de abastecimento nos 11 primeiros dias de 2024. O motivo mais comum registrado é o surgimento de vazamentos. Moradores relatam dificuldades para realização de afazeres domésticos e até para tomar banho.


As cidades de Portalegre, Angicos, Fernando Pedrosa, Pedro Avelino, Lajes, Pedra Preta, Caiçara do Rio dos Ventos, Jardim de Angicos, Riachuelo, Poço Branco, Santana do Matos, Currais Novos, Paraú e Bento Fernandes já sofreram com a falta de água, além de bairros de Parnamirim e Natal. O que o desabastecimento nesses municípios têm em comum é a causa: vazamentos na rede.


Além disso, queda de energia, serviços de manutenção, como o que foi necessário em Taipu, e furtos de equipamentos, como o que provocou paradas em Caicó e São Fernando, são outras causas, de acordo com o presidente da Caern, Roberto Linhares.


“As paradas, em si, nós só podemos falar de forma geral: se a gente para por causa de um vazamento, como por exemplo o que houve nas Quintas, ali foram dois seguidos. Quando acontece, a gente tem a obrigação de tirar, se não é água na rua, levando rua, levando casa”, afirmou Linhares. De acordo com o presidente da Caern, o volume de casos de paradas de abastecimento registrados no Rio Grande do Norte nos últimos dias “não tem nada de excepcional”.


Um dos locais com registro de queixas de falta de água é no distrito de Pium, em Parnamirim. Para a diarista Josiane Veloso, 51 anos, tomar banho de chuveiro se tornou um luxo. De acordo com ela, desde o mês passado, a família e vizinhança sofrem com desabastecimento frequente. Diante da situação, a mulher diz que já pensou até em se mudar de casa e que, para tomar banho, a família precisa usar baldes.


Josiane Veloso mora em uma residência na avenida Joaquim Patrício, com o marido e o filho. Ela relata que desde dezembro os episódios de falta de água são frequentes. “Eu não tomo banho de chuveiro desde o ano passado”, frisou a diarista. “Eu tenho balde de água para tomar banho, porque não tem água na rede. Às vezes só chega de noite e assim que falta água na rede também falta na caixa”, disse ela.


Com o problema, afazeres de casa ficaram comprometidos e pilhas de louça se formam na cozinha, por exemplo. Ela diz que só não se mudou de casa em virtude do filho, que nasceu e se criou no local.


Os episódios de falta de água em Pium também são alvos de reclamação do analista de sistemas Fred Santos. Ele afirma que no condomínio onde mora houve desabastecimento por quatro dias antes do último Natal. Além disso, desde dezembro a rede apresentava baixa vazão.


“Eu consegui gravar um vídeo com a torneira ligada saindo ar, parecia um compressor para encher pneu de carro”, disse ele. “[O desabastecimento] já é conhecido. Quem se preparou, fez uma caixa em cima da casa com 10 mil litros de volume ou alguma coisa assim. Mas muita gente não sabia, aí falta água e seca a caixa”, complementou. A situação se repete na Redinha, em Natal, e em Petrópolis. Condomínios muitas vezes precisam adquirir caminhõesp-pipa.


O presidente da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), Roberto Linhares, explicou que cada caso é analisado individualmente. Como se trata de um serviço regulado, é fundamental a formalização da demanda para a criação de protocolos. As notificações podem ser feitas no site do órgão (caern.com.br), no aplicativo Caern, no teleatendimento 115 ou ainda no WhatsApp (84) 98118-8400.


Ele comentou que o aumento da demanda na região litorânea durante o período de veraneio pode estar associado a casos de desabastecimento. “Quando chega o veraneio em Tibau, por exemplo, multiplica por 30 a população daquela comunidade. A gente abastecia ali com uma determinada quantidade de água e não tem como você multiplicar por 30 esse abastecimento. A gente procura amenizar a situação, mas realmente fica mais crítica nesses locais”, exemplificou


No entanto, ele reforça a necessidade do registro para que o problema seja sanado. No condomínio onde mora o analista de sistemas Fred Santos, o abastecimento foi regularizado na quarta-feira (10) após notificações à Caern.


A companhia possui um sistema de monitoramento de pressões nos sistemas de águas, que emite alertas de alterações e tenta prever ocorrências. A ferramenta é acompanhada pelo Centro de Controle Operacional e conta com pontos instalados na Grande Natal e outras 28 cidades do Estado.

TRIBUNA DO NORTE 



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