Foto: Magnus Nascimento
O prazo para a entrega da engorda na praia de Ponta Negra, na zona Sul de Natal, pode reduzir para 74 dias, diferente do prazo anterior de 90 dias. A informação foi concedida pelo secretário secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal, Thiago Mesquita, durante entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan News Natal, nesta quinta-feira (26). Na avaliação dele, as obras estão em um ritmo positivo, contribuindo para a aceleração do processo.
“O cronograma da obra está mantido. A expectativa é de que se o ritmo de 15 mil metros cúbicos por dia continuar, encerraremos em 74 e não em 90 dias”, disse Mesquita.
Sobre o processo que levou o Município a descoberta e utilização da nova jazida, a qual possibilitou a retomada da obra, o secretário explicou que, por meio da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), foi contratada a empresa Caruso (responsável pelo trabalho de controle e monitoramento em empreendimentos Balneário Camboriú, Itapema e Maceió). Foram realizados avaliações com dados secundários com apontamentos, estudos prévios e mergulhos.
Após o processo analítico, chegou-se a conclusão que a área possuia um banco de areia significativo e de qualidade, com pelo menos 1,5 milhão de m³ de areia. Mesquista comentou que há também a possibilidade de que haja 5 milhões de m³ na área. “Eles tiraram 71 amostras, mostrando a volumetria e litologia do local por meio da analise sismica. Após a análise, ele me disse que não encontrou outra areia a mesma qualidade em nenhum lugar do Brasil, nos estudos que fizemos “, afirmou. Os motivos apontados como diferencial do material, segundo ele, são a distância para a costa, a profundidade do banco de areia e granulometria do material.
Ainda conforme o relato de Mesquita, os custos do trabalho exercido pela nova empresa foram custeados pela própria Funpec, dentro de um contrato de R$ 5 milhões. “Os R$ 5 milhões investidos pela Funpec já previa a análise sismica e granulométrica. A única coisa que mudou, em relação a Funpec, foi o objeto do contrato, mas a parte financeira não foi acrescida”.
Apesar da economia gerada pelo contrato realizado pela Funpec, outros custos podem surgir. O secretário explicou que a draga pode gerar um balanço de gastos mais oneroso, devido ao tempo que o equipamento esteve auxiliando na descoberta da jazida. “Teremos um impacto financeiro. Nós teremos uma avaliação financeira que pode gerar custos para o município”
O secretario afirmou que a Prefeitura avalia a possibilidade de processar a empresa Tetratech, responsável pela descoberta e estudos da jazida anterior. O laudo emitido pela Funpec indicou que a área da jazida apresentava uma grande quantidade de algas calcificadas, uma espécie de cascalho, que não é indicada para a obra. A análise foi feita pela empresa em 2015, e posteriormente entre 2021 e 2022. “Já fizemos uma notificação extrajudicial e estamos esperando os laudos finais para concluir e atuar na Justiça se for necessário”, disse.
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