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A Ucrânia e a Europa estão a insistir num cessar-fogo ao longo das atuais linhas da frente como primeiro passo para qualquer acordo de paz. Esperam que o presidente dos EUA, Donald Trump, apoie a ideia e exerça mais pressão sobre Moscovo para que a aceite.
Congelar a guerra da Rússia ao longo das atuais linhas da frente é "um bom compromisso", disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, na quarta-feira, reiterando o seu apoio à ideia de um cessar-fogo como o primeiro passo para qualquer acordo que ponha fim à invasão em grande escala de Moscovo.
"Penso que foi um bom compromisso, mas não tenho a certeza de que (Vladimir) Putin o vá apoiar", disse Zelenskyy durante uma visita à Noruega, acrescentando que comunicou isto ao presidente dos EUA, Donald Trump.
"Não se trata de um plano para acabar totalmente com a guerra, é sobretudo um plano de cessar-fogo", disse.
Kiev tem vindo a sugerir esta abordagem desde as primeiras conversações com Trump: um cessar-fogo incondicional imediato na Ucrânia, seguido de conversações diretas entre Zelenskyy e Putin.
O presidente dos EUA apoiou esta ideia inicialmente, antes de sugerir que Kiev e Moscovo deveriam ir diretamente para as conversações sobre o acordo de paz, saltando a etapa do cessar-fogo.
A posição de Trump parece ter mudado recentemente e, no início desta semana, afirmou que congelar a guerra ao longo das atuais linhas da frente é um passo necessário.
"Podem negociar algo mais tarde. Mas eu disse para cortar e parar na linha de batalha", disse Trump pouco antes de uma cimeira planeada com Putin na Hungria ter sido adiada. Moscovo rejeitou sempre a ideia do cessar-fogo, insistindo que a guerra continuará até que o Kremlin atinja os seus objetivos declarados, a que Moscovo chama "causas profundas", o argumento que tem utilizado repetidamente para justificar a sua invasão em grande escala da Ucrânia. Segundo Moscovo, essas "causas profundas" incluem as aspirações da Ucrânia de aderir à UE e à NATO, bem como a alegada violação dos compromissos da NATO de não se expandir para leste, a alegada discriminação do governo ucraniano contra os russos de etnia e aquilo a que Putin chama a "desnazificação" da Ucrânia. |
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