Permissionários diminuem preços, mas mantêm rotas

A expectativa para a diminuição dos preços das passagens nos transportes alternativos de Natal e a invasão dos permissionários às linhas atendidas pelos ônibus não se concretizou totalmente. Na manhã desta quinta-feira (6), alguns carros começaram a circular com o preço de R$ 1,50, mas a atitude não foi de toda a categoria. Já a invasão às linhas não ocorreu sob a justificativa de que a ação prejudicaria os usuários. Contudo, não está descartada.Os permissionários haviam decidido pelas mudanças do itinerário e nos preços da passagem como forma de pressionar a volta dos preços normais por parte da Transcoop Natal, que está circulando com passagens a R$ 1,60. Segundo o Sindicato dos Transportes Opcionais de Passageiros do Rio Grande do Norte (Sitoparn), o Seturn que promoveu a redução nos preços em alguns alternativos ligados à Transcoop Natal, por isso queriam a invasão das linhas. Apesar disso, a decisão sobre mudança no itinerário ficou com cada permissionário, que pela manhã mantiveram as rotas.

Na manhã de hoje, os permissionários recuaram e não mudaram o itinerário. Segundo o Sitoparn, o motivo para não concretizarem a ameaça seria uma forma de não prejudicar os usuários das linhas dos alternativos, que seriam desassistidos. Por outro lado, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) já havia afirmado que, caso ocorresse a mudança de itinerário, os carros poderiam ser recolhidos. Quanto às tarifas, a Prefeitura disse que não seria contra a redução no valor e que bastaria o Sitoparn encaminhar a solicitação para a redução - o que também não foi feito. Apesar da informação que partiu do Sitoparn sobre redução da tarifa em todos os 80 carros que são ligados ao sindicato, alguns motoristas circularam com os preços normais.

"Com esse preço (R$ 1,50) não pagamos nem o combustível, quanto mais os funcionários. Não há como circular com esse valor", disse um permissionário que preferiu não se identificar.

A redução dos valores segue por tempo indeterminado. O Sitoparn programa, inclusive, outras formas de pressionar o Executivo a acelerar a implantação da bilhetagem unificada.

FONTE: TRIBUNA DO NORTE