Fonte: R7
O presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), sugeriu nesta quarta-feira (20) a exumação do corpo do ex-deputado federal José Janene, morto aos 55 anos em setembro de 2010 em decorrência de problemas cardíacos.
Mais tarde, porém, Motta recuou e disse que aexumação está condicionada à viúva de Janene, Stael Fernanda Janene. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, porém, Stael negou as suspeitas de que Janene está vivo e classificou o pedido como "um absurdo".
Na data da morte, em 2010, Janene era acusado de ter se apropriado indevidamente de R$ 4,1 milhões no esquema do mensalão.
Motta disse que teve a ideia depois de conversar com uma fonte, a qual ele preferiu manter o anonimato, e justificou que “a própria viúva não tem certeza de que José Janene morreu”.
— O seu caixão chegou lacrado, segundo informações do sepultamento, de maneira injustificada, porque ele faleceu de infarto, então não havia motivos para que o caixão estivesse lacrado. E não há relatos de que alguém tenha visto o senhor José Janene morto.
Diante das circunstâncias, explicou Hugo Motta, com “essa informação chegando até esse presidente, eu só tinha duas saídas: a primeira ignorar, ficar inerte e não trazer para a CPI, que aí eu estaria sendo conivente com esta situação”.
— E a segunda tornar público, como eu tornei. Como desde o início dos meus trabalhos sempre me pautei pela transparência, eu irei continuar assim até o final desta CPI para não só me proteger, mas também me respaldar perante a opinião pública, que quer uma resposta sobre isso.
Motta completou dizendo que “José Janene é personagem de vários escândalos nesta República”.
— Apareceu no mensalão, reaparece de maneira muito forte nesses desvios da Petrobras.
A possibilidade de exumação do corpo de Janene teve apoio da maioria dos parlamentares, mas o deputado Julio Delgado (PSB-MG) criticou a proposta do presidente da Comissão.
— Esse cadáver pode tirar o foco da CPI, das investigações, de quem está vivo e tem responsabilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário