Fonte: O Potiguar
Após a publicação do portal da transparência da Assembleia, as redes sociais foram invadidas por prints, banners, vídeos e textos contra comissionados da instituição. A imensa quantidade de conteúdo produzido, alguns com acabamento profissional, despertou para a possibilidade da existência de um movimento articulado, para além da ação espontânea dos internautas.
O que era suspeita começa a ganhar materialidade. Já se sabe que há um projeto deliberado dos concursados da Assembleia em fazer com que o assunto não saia da esfera pública potiguar, em especial, das redes sociais.
Além daqueles aprovados na vaga prevista no certame da AL, há também os que acreditam que também serão chamados, caso a casa legislativa em questão seja completamente esvaziada. Diante da possibilidade, o grupo se organizou – montou grupo no facebook e whatsapp e listas de transmissão, com envolvimento de familiares e simpatizantes. Nesse sentido, a lista dos diretamente interessados e indiretamente participantes passa fácil dos três dígitos. Por isso que qualquer banner se espalha feito rastilho de pólvora.
Há um núcleo gestor e elaborador. Eles pesquisam a lista constantemente, dando preferência aos nomes conhecidos do jornalismo e do mundo da política, uma forma de gerar mais visibilidade.
Não há preocupação objetiva de definir, antes de qualquer coisa, quem trabalha e quem não desempenha labor. Todo mundo entra no bolo. O linchamento público aparentemente anônimo se torna consequência. Montagens com fotos de comissionados em horário de lazer são feitas com os respectivos contra-cheques, criando a impressão de que tais profissionais farreiam no momento do expediente, textos picantes supostamente assinados por professores e autoridades também são distribuídos.
Há profissional, inclusive, fazendo jogo duplo e transitando entre os dois mundos, levando e trazendo munido por interesses inconfessáveis.
Os concursados estão lutando pelos seus direitos. Porém, estão, ao mesmo tempo, cometendo muitas injustiças e execrando sujeitos que dão expediente na Assembleia regularmente. O indivíduo tem o nome circulado como fantasma em tudo que é rede social. Com a imagem manchada, dificilmente consegue desfazer a pecha que foi colada nele.
Não se combate uma situação adversa, erguendo esta máquina de moer gente. Os concursados precisam maneirar. Ou, ao menos, agirem mais na luz do dia. O feitiço pode se virar contra o feiticeiro.
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