O Ibovespa bateu novo recorde histórico e fechou acima dos 148 mil pontos pela primeira vez, enquanto o dólar teve leve baixa ante o real nesta quarta-feira (29), com investidores digerindo a decisão do Fed em cortar os juros em 0,25 ponto nos Estados Unidos, enquanto também aguardam encontro entre o presidente americano Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping.
O dólar à vista encerrou a quarta em queda de 0,04%, a R$ 5,3581 na venda.
Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, fechou em alta de 0,82%, aos 148.632,93 pontos. O índice chegou a superar a marca dos 149 mil pontos durante o dia.
Foi o segundo corte seguido pela autoridade monetária, em decisão que já era amplamente esperada pelo mercado financeiro.
Em setembro, o Fed já havia decidido pela redução da taxa em 0,25%, no primeiro movimento para baixo desde dezembro.
A decisão ocorre em meio ao "apagão de dados" do governo dos Estados Unidos, que desde o início de outubro está em shutdown.
Informações fundamentais para avaliação do Fed, como a temperatura do mercado de trabalho medida pelo payroll, estão suspensas.
O presidente do Fed, Jerome Powell, porém, ponderou que para a próxima reunião de dezembro, um novo corte de juros ainda não está garantido e afirma que há divergência entre os diretores.
Uma eventual indicação do Fed de que poderá seguir cortando os juros também em janeiro tornaria o Brasil ainda mais atrativo ao capital externo, considerando que o Banco Central segue defendendo a manutenção da Selic em 15% por "período bastante prolongado".
Na prática, o diferencial de juros brasileiro -- que vem sendo citado como um fator para a queda do dólar ante o real -- seria reforçado, pelo menos neste primeiro momento.
Encontro entre Trump e Xi
Além da expectativa antes da decisão do Fed, os agentes aguardam pelo encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, na Coreia do Sul, na quinta-feira (30).
Espera-se que os dois possam chegar a um acordo comercial, reduzindo a pressão nos mercados.
*Com informações da Reuters
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