• Marcos Oliveira/Agência Senado
O Ministério da Fazenda recomendou ao Congresso Nacional a aprovação de uma emenda que retira os chamados “jabutis” da lei que autorizou a privatização da Eletrobras, medida que obrigava o governo a contratar energia de determinadas usinas, mesmo quando elas não eram necessárias.
Essas contratações compulsórias foram incluídas em 2021, durante o processo de desestatização, e garantiram espaço fixo para termelétricas a gás, pequenas centrais hidrelétricas e geradoras a biomassa.
Segundo os técnicos da Fazenda, elas aumentaram artificialmente o custo da energia, já que impuseram ao sistema a compra de eletricidade mais cara — uma despesa repassada aos consumidores na conta de luz.
A proposta de correção, apoiada pela equipe econômica, é de autoria do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) e consta do relatório da Medida Provisória nº 1304, que reorganiza o setor elétrico. A emenda nº 428 deixa claro que a privatização da Eletrobras “não está condicionada a quaisquer contratações de geração”.
O novo texto também define que “as contratações de energia elétrica serão baseadas nos requisitos do sistema, identificados pelo planejamento setorial, a partir de critérios técnicos e econômicos estabelecidos pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética)” — de acordo com o trecho citado da Nota Informativa da Fazenda.
Na justificativa, o documento afirma que o objetivo é eliminar pressões indevidas sobre as tarifas. “O processo de desestatização foi bem-sucedido e encontra-se consolidado, de maneira que se torna desnecessário efetivar as contratações previstas originalmente”, diz a nota.
O texto acrescenta que a emenda “retira pressão sobre o preço final da energia mediante contratações não técnicas e não sinalizadas pelo planejamento do setor”, e que essa mudança “protege todos os consumidores e contribui para a modicidade tarifária”.
CNN
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