Foto: Carlos Lopes
De acordo com o presidente da Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores (ANORC), Matheus França, a qualidade do rebanho potiguar é o principal fator por trás desse interesse. “O Rio Grande do Norte pode não ter um rebanho grande em número, mas tem uma genética que impressiona todos os visitantes. Essa qualidade é o que chama a atenção dos investidores e reforça a credibilidade do nosso estado como polo de referência em melhoramento animal”, afirma. Segundo ele, o diferencial potiguar é o resultado de anos de seleção criteriosa e de investimentos em tecnologias de reprodução.

Os negócios internacionais envolvem principalmente a exportação de sêmen e embriões, além da aquisição de animais por investidores que optam por manter fazendas no Brasil. “Alguns desses criadores compram material genético e levam para seus países, enquanto outros preferem investir aqui mesmo, adquirindo propriedades e multiplicando seus rebanhos em solo potiguar”, explica Matheus França. Um dos exemplos é o da Fazenda Brasil Verde, empreendimento de um investidor norueguês que mantém suas atividades no estado, reforçando o ciclo econômico local e gerando empregos.
A presença de estrangeiros reforça a internacionalização do agronegócio potiguar e diversifica as oportunidades comerciais. A Festa do Boi se consolida, assim, como ambiente de negócios e vitrine tecnológica, reunindo criadores, pesquisadores e investidores interessados em genética tropical de alto desempenho. O status sanitário do Rio Grande do Norte como zona livre de febre aftosa sem vacinação também foi determinante para o avanço das negociações internacionais, abrindo portas para novos mercados e elevando o grau de competitividade do estado no cenário global.
Para Matheus França, o fortalecimento das relações internacionais traz ganhos econômicos e estratégicos para todo o setor. “Cada negócio fechado aqui representa a consolidação de anos de trabalho dos nossos criadores e técnicos, que investem continuamente em qualidade. Isso nos coloca em outro patamar, permite que nossos criadores negociem com segurança e ampliem suas fronteiras comerciais”, afirma.
Tribuna do Norte
 
 
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