Fonte: Anatel
Brasília, 24/6/2014 – O desligamento do sinal analógico de televisão no Brasil vai começar em abril de 2016 e se estenderá até novembro de 2018. O cronograma foi estabelecido em portaria do Ministério das Comunicações, divulgada no Diário Oficial da União dessa segunda-feira (23).
A transição da TV analógica para o sistema digital vai ocorrer de forma gradativa e começar pelas capitais do país. Antes de dar início ao chamado switch off, termo em inglês que significa o desligamento do sistema analógico, será realizado um teste na cidade de Rio Verde, em Goiás. O desligamento-piloto está programado para 29 de novembro de 2015.
A primeira cidade a ter o sistema analógico desligado será Brasília, em abril de 2016. Até o fim desse mesmo ano, será a vez de São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia e Rio de Janeiro. Em 2017, o cronograma vai incluir as capitais do Sul e do Nordeste e as cidades do interior de São Paulo e do Rio de Janeiro.
Até 2018, o desligamento da TV analógica vai se concentrar nos grandes centros urbanos, onde vivem cerca de 60% da população brasileira. Nos demais municípios, o switch off só deve ocorrer a partir de novembro de 2018.
SBTVD
Criado em 2006 pelo governo brasileiro, o Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) estabeleceu as diretrizes para que as emissoras e retransmissoras de televisão mudem o seu sistema de transmissão, da tecnologia analógica para a digital. O SBTVD é fruto de uma parceria com o governo japonês e também foi adotado por outros países da América latina e da África. Dentre outros recursos, permite assistir TV em dispositivos móveis (como celulares, tablets e aparelhos GPS) e recursos de interatividade.
700 MHz
Um benefício do desligamento do sinal analógico será a liberação da faixa de 700 MHz, atualmente ocupada por canais de TV aberta em tecnologia analógica. Com a digitalização da TV, essa faixa vai ser usada para expandir o serviço de telefonia e internet 4G no Brasil, que desde 2013 já opera na frequência de 2,5 GHz.
A frequência de 700 MHz possibilita cobertura de grandes áreas com o uso de menos antenas, o que permite levar os serviços de telecomunicações inclusive às áreas rurais, a um custo menor. Além disso, é o padrão utilizado internacionalmente para a internet 4G.
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