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sexta-feira, 4 de março de 2016

Manifestantes entram em confronto em frente ao prédio de Lula em São Bernardo



Fonte: Agência Brasil 

Militantes contrários e favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram em confronto na cidade de São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, em frente ao prédio do ex-presidente, onde a Polícia Federal faz buscas desde o início da manhã de hoje (4). Três pessoas foram detidas pela Polícia Militar: uma por tentativa de lesão, outra por resistência e uma terceira por xingamento de racismo. Elas foram levadas para o 1º Departamento de Polícia. Ao menos um homem foi ferido, na cabeça.
A avenida Francisco Prestes Maia, endereço de Lula, foi interditada em ambos os sentidos. PM montou um cordão para separar os grupos rivais, que trocam insultos e provocações. Manifestantes contrários a Lula gritam palavras de ordem como "Cadeia". Os militantes pró-Lula revidam com gritos de "Não vai ter golpe".
Em diversos momentos, militantes que conseguem furar o bloqueio partem para a agressão física. A polícia usa golpes de cassetete para apartar a confusão. A ação da PF faz parte da 24ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Aletheia. O objetivo é dar continuidade às investigações de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à Petrobras.
ManifestantesLula2
Do lado contrário ao ex-presidente, Zima Francisco Nascimento Filho, autônomo, diz que está indignado com o que ocorre no país. “Sou trabalhador, fui metalúrgico. Hoje, vejo o que está acontecendo aqui, um líder que nós confiávamos, e no partido que foi criado. O líder sindical que tivemos envolvido nessa lama de corrupção. Ele achava que estava acima da lei, que nunca isso fosse chegar nele.”
Em favor de Lula, o metalúrgico Paulo Ferreira Brasil destacou avanços da gestão de Lula. “Vim defender a maior liderança política desse país. O Brasil teve um crescimento importante e distribuição de renda. Eu tenho parentes no Nordeste, que hoje têm uma casinha para morar, graças ao governo do Lula. Há uma perseguição implacável e deplorável, nós não fomos tão perseguidos na Ditadura Militar como estamos sendo agora por setores da elite".

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