Fonte: DW
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, teria movimentado 10 milhões de dólares usados para pagamento de propina, segundo noticia nesta segunda-feira (01/06) o jornal The New York Times, citando fontes da investigação em andamento nos Estados Unidos.
O dinheiro teria sido transferido por Valcke em 2008 para contas controladas por Jack Warner, então presidente da Confederação de Futebol das Américas do Norte, Central e do Caribe (Concacaf) e acusado de ter aceitado propina para ajudar a África do Sul a ser escolhida sede da Copa do Mundo de 2010.
Valcke é, segundo o jornal, o "alto funcionário da Fifa" citado no processo judicial que, na semana passada, levou à prisão e ao indiciamento de Warner e outros seis dirigentes ligados à Fifa sob acusação de corrupção.
O documento da promotoria de Nova York não diz se o "alto funcionário da Fifa" sabia que o dinheiro seria usado para pagamento de propina. Valcke, além disso, não é identificado no texto como "coconspirador" - termo usado para se referir aos cartolas envolvidos no esquema de corrupção.
O presidente da Federação de Futebol da África do Sul, Danny Jordaan, alega que o dinheiro não foi propina, mas um pagamento legítimo para um projeto social no Caribe. Num e-mail em resposta aoNew York Times, Valcke disse que não autorizou o pagamento e nem tinha o poder para fazê-lo.
Segundo Delia Fischer, porta-voz da Fifa, o presidente do comitê de finanças da Fifa na época, Julio Grondona, autorizou o pagamento. O cartola argentino morreu no ano passado.
Valcke ficou conhecido no Brasil por ser o responsável por monitorar os preparativos para o Mundial de 2014. As denúncias deixam as investigações mais próximas do presidente da Fifa, Joseph Blatter,reeleito na sexta-feira para um quinto mandato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário