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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Empregos: RN tem melhor saldo do ano em agosto, mas abaixo de 2024


 Foto: Junior Santos/Arquivo TN

O Rio Grande do Norte registrou em agosto a abertura de 5.339 postos de trabalho com carteira assinada, resultado de 24.285 admissões contra 18.946 desligamentos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta segunda-feira (29), em Brasília, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho. O desempenho potiguar supera o saldo de julho, quando foram criadas 3.462 vagas, mas fica aquém do registrado no mesmo mês do ano passado, quando foram abertos 7.424 empregos formais. No acumulado de janeiro a agosto, o estado soma 15.397 postos de trabalho, número também inferior ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizadas 26.706 vagas.

O resultado de agosto confirma a trajetória de recuperação do mercado de trabalho potiguar em 2025, embora abaixo da linha de 2024, cujo pior desempenho ocorreu em dezembro. O Rio Grande do Norte encerrou aquele mês com saldo negativo de 3.708 demissões a mais que admissões, registrando queda em todos os cinco principais agrupamentos econômicos, especialmente no comércio e na construção civil.

O início de 2025 ainda foi marcado por retração: janeiro apresentou saldo negativo de 421 vagas, mas fevereiro trouxe fôlego, com 2.617 postos criados, puxados pela construção, serviços e comércio. Março voltou a registrar queda, com 1.902 desligamentos a mais que contratações, sobretudo na agropecuária, mas abril recuperou o fôlego com saldo de 2.674 vagas, impulsionado pelo setor de serviços.

Em maio, mesmo com retração nos serviços, a indústria compensou e assegurou saldo positivo de 2.169 postos. Junho foi marcado pelo desempenho da agropecuária, que ajudou a sustentar saldo de 1.459 vagas, e de 3.462 em julho, que teve queda apenas na construção. Em agosto, novamente a construção apresentou recuo (-66), apesar de menor, mas os demais setores reagiram e sustentaram o melhor resultado mensal do ano. Os dados setoriais mostram que o setor agropecuário continuou na liderança em agosto, com 2.332 vagas, seguido pelo de serviços, que abriu 1.223 postos. A indústria registrou saldo positivo de 1.093 empregos e o comércio somou 761.

A capital Natal teve papel de destaque, com 9.236 admissões e 7.975 desligamentos, alcançando saldo de 1.261 postos no mês. Desde janeiro, o município acumula 6.122 vagas abertas e completou sete meses consecutivos de crescimento no emprego formal. Em abril, a capital bateu recorde ao criar 2.220 empregos, o maior resultado mensal desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020. O prefeito Paulinho Freire afirmou que os números refletem o esforço da administração municipal em fomentar o ambiente de negócios e garantir segurança para investidores. “A Prefeitura tem atuado como indutora e fomentadora do crescimento, criando condições para novos negócios e garantindo segurança para quem já empreende. O saldo positivo de Natal é reflexo direto desse esforço coletivo”, afirmou.

No comparativo regional, o Rio Grande do Norte foi o quinto estado do Nordeste que mais gerou empregos em agosto. Pernambuco liderou com 12.692 vagas, seguido pela Bahia (11.015), Paraíba (8.492) e Ceará (6.933). Logo depois aparecem o RN (5.339), Maranhão (3.149), Alagoas (2.803), Piauí (2.591) e Sergipe (2.330).

País abre 147 mil novas vagas

Em âmbito nacional, o Brasil criou 147.358 empregos com carteira assinada em agosto, fruto de 2.239.895 admissões e 2.092.537 desligamentos. O número superou o saldo de julho (134.251), mas ficou abaixo de agosto de 2024, quando haviam sido criadas 239.069 vagas. No acumulado de janeiro a agosto, o país registra 1.501.930 novos postos de trabalho, com crescimento de 3,18% em relação a dezembro de 2024.

O setor de Serviços liderou o crescimento, com 773.385 postos (+3,36%), seguido pela Indústria, que registrou 273.231 novas vagas (+3,06%), com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (+51.004). A Construção teve 194.545 novos empregos (+6,81%), o Comércio 153.483 (+1,45%) e a Agropecuária 107.297 (+5,97%).

Entre as unidades da Federação, São Paulo concentrou o maior saldo de empregos no período (+436.729 ou +3,05%), seguida por Minas Gerais (+152.968 ou +3,12%) e Paraná (+108.778 ou +3,38%). Segundo o ministro Luiz Marinho, o resultado confirma a tendência de crescimento do emprego formal, mas ainda sofre impactos de fatores como o nível elevado da taxa de juros, que limita o ritmo da recuperação econômica.

Tribuna do Norte

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